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01/02/2023 às 16h39min - Atualizada em 01/02/2023 às 16h39min

Mais urbana que ecológica

Crônicas de viagem publicadas no livro “Lurdinha Camillo - Pelo Mundo” e/ou no Jornal Brand News
FOTO: Jornal Brand News
Num shopping de Boca Raton (EUA): sonho de consumo
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  Existem basicamente dois tipos de viajantes: os que gostam de ir sempre para os mesmos lugares e os que gostam de se aventurar.
  Entre os aventureiros estão os adeptos do turismo radical. Só ficam satisfeitos se o destino final for tão inacessível que só se chega depois de uma viagem de 24 horas de ônibus, por uma estrada de terra, sem um único bar à vista para uma abençoada Coca-Cola gelada, isso depois de voar em uma companhia aérea que ninguém nunca ouviu falar.
  Vou confessar: não estou nesse grupo. Gosto de conhecer lugares novos, mas com um nível beirando o conforto.  Não acho graça em picada de borrachudo. É claro que perco oportunidades - tipo mergulhar em uma gruta com a mais azul e cristalina das águas, onde ricos e famosos já mergulharam e os flashes saíram na “Caras” para provar que estiveram lá.
  Mas eu, subir em uma torre com perigosíssimos degraus, eu que também tenho horror à altura? Ou ainda atravessar um pântano sobre uma bamboleante ponte de corda (o que já me aconteceu e tenho pesadelos até hoje)?
  Não, são situações inusitadas que troco, facilmente, por horas calmas num belo e histórico museu de arte, entre outras atividades exclusivamente urbanas.
  Acredito que a sabedoria está na capacidade de experimentar o novo, às vezes sem passar por situações complicadas.
 
  Mas, por que estou falando sobre essa minha dificuldade em me adaptar ao turismo ecológico, radical e aventureiro?
  Bem, dia desses o Odair me perguntou se eu não tinha vontade de conhecer Fernando de Noronha. Apesar de certa intimidade adquirida nestes poucos mais de 50 anos de convivência, fiquei envergonhada de dizer “não, não tenho!”.
  Não gosto de praia, não sei nadar, não me vejo nem na situação de ser uma aprendiz de mergulhadora, mesmo com um atlético e ´personal´ morenaço se deixando asfixiar entre meus apertados e desesperados braços!
 
  Chato mesmo não conhecer Fernando de Noronha, reconheço. Que me perdoe quem sabe usufruir de toda aquela beleza, cantada em verso e prosa.
  Presto minha homenagem, louvo, faço rimas e versos, mas ela lá e eu aqui.
  Aqui? Que Deus me livre de ficar sem viajar. E dá licença, que estou indo para Boca Raton, na Flórida.
   Aiaiai, me esperem, sonho de consumo, a sofisticação dos grandes malls, a arte da gastronomia.
  Fernando vai saber me esperar...
 
Fevereiro 2012

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