03/01/2023 às 15h52min - Atualizada em 03/01/2023 às 15h52min
São João del-Rei: um mergulho na história
Crônicas de viagem publicadas no livro “Lurdinha Camillo - Pelo Mundo” e/ou no Jornal Brand News
Solar da família Neves, onde residiu Tancredo Neves c
E a data caiu em cheio quando resolvemos passar um final de semana na histórica cidade mineira. Resolvido o lugar, um telefonema para o casal de amigos de muitas viagens, Gleide e Euclides Paiva Mendes, e o quarteto de viajantes estava pronto para pegar a estrada.
A ficha ainda não tinha caído até surgir uma dificuldade: acomodar os dois casais em uma mesma pousada. O problema? Sete de Setembro, cidade lotada. E tem coisa mais mineira que prestigiar o mártir da Independência em uma das mais importantes e históricas cidades de Minas?
Mas, por sorte, conseguimos reserva em uma daquelas pousadas que podemos indicar sem erro para amigos exigentes: o Beco do Bispo. Charmosa, acolhedora, a poucos passos da belíssima Igreja de São Francisco.
Sair de carro pela cidade? É um pecado que não se perdoa. O ideal é andar, andar e andar pelos quarteirões, admirando os casarios em estilo colonial, conservadíssimos.
Seguir um roteiro, nem pensar. Aqui, uma galeria de arte, ali um antiquário, mais adiante um atelier de arte. E o artesanato mineiro é tentador! Graciosas galinhas d´angola em cerâmica, toalhas bordadas, quadros, mais uma infinidade de objetos de arte mineira.
E os cartões de crédito tilintam nos bolsos dos turistas em uma loja Imperial Pewter. É em São João del-Rei que se transforma estanho em arte. A sofisticação do metal leva a tradição e beleza ao mundo. E a parceria da empresa com a Cristais São Marcos, de Poços de Caldas, imprime à nobreza do estanho, a criatividade do murano.
Hora de comer! Uma indicação de respeito faz a diferença, e o frango com ora-pro-nóbis é o prato regional mais pedido do cardápio. E a culinária regional mineira é seguida à risca no Villeiros, um dos restaurantes que valem uma fila de espera.
Mas, ainda não falei do trem? Imagine se o Odair não ia querer andar de trem? E, vem cá, uma cidade histórica que se preza, sabe da importância de manter uma Maria Fumaça em atividade. Isto contribui para a preservação da história e cultura do Brasil.
Bem, hora de embarcar no comboio, que apitou longamente e percorreu resfolegando o belo trecho até Tiradentes. Eu, Odair, mais os Mendes, prontos para desvendar o encanto da cidade que é pura arte mineira.
Setembro 2008