01/11/2022 às 17h20min - Atualizada em 01/11/2022 às 17h20min

Na primeira viagem à Europa, um pit stop em Paris, é claro!

Crônicas de viagem do livro "Lurdinha Camillo - Pelo Mundo"
Fotos: Brand-News
  Uma emoção chegar a Paris pela primeira vez.
  Olha-se para os lados, para ver se algumas pessoas sabiam que aquela era a primeira vez.
  Que bobagem. Todo mundo vai para Paris. Sosseguei.
  Chegamos às 18h. Um frio de rachar. Malas no quarto, banho para entrar no clima, e lá fomos nós procurar um restaurante. Porque mineiro quer jantar às seis e almoçar meio-dia.
 
  Uma excursão é uma maratona. Acorda-se cedíssimo. Horário de verão. Verão com esse frio de matar? E eu louca para subir e descer a Avenida Champs Élysées.
  Com uma fina garoa, que nem me importei, porque sempre achei que Paris combinava com garoa. Bobagem. Na hora combinou, mas só na hora.
  Muitas floriculturas, porque os parisienses são chiques, de dar flores por qualquer novidade.
  Rotisseries com vitrines cheias de tentações, como os patês de Foie gras.
  Jantamos em um bistrô Art noveau, com telas famosas pelas paredes. Vinho francês, é claro.
O ego foi lá em cima.
 
  Bem, dia de andar e andar a pé. Arco do Triunfo, de onde saem 12 avenidas, inclusive a Avenue Foch, onde tem moradoras como Jacqueline Kennedy (in memoriam), Caroline do Mônaco, Catherine Deneuve, etc. e tal.
  Subimos a Torre Eiffel. De qualquer ângulo de Paris, se avista a torre.
  Dizem que Victor Hugo a odiava. Achava um mostrengo que enfeiava Paris. Mas, almoçava todos os dias no restaurante do último piso da Torre.
  Um jornalista intrigado por aquela presença diária e insistência na frequência, perguntou o motivo. Sua resposta: lá dentro era o único lugar que ele não via a torre.
  Era de opinião, vamos concordar.
 
  Hoje, saí para fazer compras. Imagine, eu sozinha em Paris, fazendo compras, como diz Danuza Leão.
  Comprei echarps, sachês, postais, perfumes não, que compro nos free shops, pratos para parede, que sou louca por eles, mais uma ou duas camisetas escritas Paris (quem não compra?).
 
  Hora de me extasiar com o Louvre. Primeira parada, é claro, Mona Lisa. Um painel à prova de balas não intimida as centenas de turistas com suas máquinas fotográficas.
  Um tempo em frente à Vênus de Milo.
  Chego a “ver” os nervos e fibras, tal a perfeição.
  Uma eternidade dentro do Louvre. Quero ver tudo. Primeira vez em Paris.
 
  Fomos a Versalhes. A estrada, 15 km de Paris, é toda arborizada, com palacetes novos mas com ares aristocráticos, para não fugir à fidalguia do lugar.
  Versalhes é muito chic, com telas imensas nas paredes.
  Acho que as damas e cavalheiros da época não faziam outra coisa senão posar para os pintores da época.
  Nossa guia ia nos contando tudo, como os tetos com pinturas maravilhosas, mas falsos. Verdadeiros esconderijos para os reis, rainhas e damas da corte se esconderem em caso de invasão.
  Para Maria Antonieta, o maravilhoso teto não poupou seu pescoço da guilhotina.
  Jardins impecáveis, Sala dos Espelhos, de uma beleza inacreditável.
  Mas, não havia banheiros. Nem nos mais luxuosos quartos.
  Por conta dessa falha, era comum damas subirem às mais altas janelinhas do palacete, sentarem bem acomodadas no parapeito, e descontraidamente, fazerem cocô.
  Daí penso eu, o costume das mulheres andarem junto “ao umbral da porta”.
  Os cavalheiros, sabedores das “eventuais quedas”, providenciavam grandes chapéus e sombrinhas.
  A maioria retornava ao palacete para uma troca de roupas, e mais perfumaria no caso.
  Que vida!
 
 

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