29/07/2022 às 16h43min - Atualizada em 29/07/2022 às 16h43min

Dijon: na terra da mostarda, do crème de cassis e do vinho Romanée-Conti

Por Odair Camillo
FOTOS: Brand-News
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Decididamente, não foram a famosa mostarda maille de Dijon, o crème de cassis e nem mesmo o Romanée-Conti, além de outros vinhos da Borgonha, que me atraíram para visitar a cidade francesa de Dijon. Pouco ou nada sabia de sua história, seu passado rico em cultura e arte, das suas igrejas e catedrais em estilo gótico renascentista e capetiano.
 
Na verdade, eu e Lurdinha havíamos deixado Lausanne, na Suiça, e estávamos a caminho de Paris, onde passaríamos alguns dias e depois regressaríamos ao Brasil. Estávamos viajando num TGV, o trem francês de alta velocidade, apreciando a paisagem quando, ao olhar para o painel eletrônico do trem que marcava a velocidade de aproximadamente 300 km/hora, vi também que a próxima parada seria Dijon, uma cidade francesa que se tornara internacionalmente famosa pela produção das iguarias que citei acima.
 
No mesmo instante lembrei-me que já havia degustado na casa de um amigo um dedinho mínimo numa taça, do Romanée-Conti, famosíssimo vinho produzido naquela região da Borgonha, e que era o preferido de Lula e de José Dirceu, nos ágapes por eles frequentados, quando ainda não haviam sido condenados no processo da Lava-Jato. Quem sabe eu poderia comprar uma garrafa desse vinho a um preço especial?
 
Não tive dúvidas. Disse à minha esposa que poderíamos descer em Dijon e, mais tarde, seguiríamos viagem, porque deveria haver várias opções de trens para Paris.
 
No horário previsto para a chegada, o TGV parava na estação. Descemos e logo fomos surpreendidos pela sua beleza e praticidade.
Modernizada nestes últimos anos, essa estação foi certamente polo de desenvolvimento de toda aquela região da Borgonha. Por ali devem ter passado milhares de pessoas vindas de todas as partes da Europa, seduzidas por suas riquezas e atrações culturais.
 
Ao sairmos pela sua porta principal, pudemos observar prédios majestosos, modernos e antigos, arquitetura típica das principais cidades europeias.
Nada de táxi. A cidade estava logo ali, à nossa frente. Arrastamos facilmente as malas pela praça da estação e logo estávamos na bonita Place Darcy, que ostenta no seu centro a Porte Guillaume, guardadas as devidas proporções, uma réplica do Arco do Triunfo de Paris.
De ambos os lados da praça, hotéis, lojas e restaurantes de todas as categorias fervilhavam de pessoas, na sua maioria turistas. A cidade nos recebia carinhosa, de braços abertos, naquela manhã ensolarada e gostosa de setembro de 2010.
 

 
Ficamos encantados com a pequena fração da cidade que estávamos conhecendo. E, ao mesmo tempo, tivemos o mesmo pensamento: E por que não ficarmos pelo menos uma noite nesta charmosa cidade? E foi o que fizemos!
Ali perto, entramos no Le Jura (foto)
, um simpático hotel três estrelas que escolhemos aleatoriamente entre os demais. Ele logo nos encantou pela sua decoração, singeleza e a hospitalidade de seus funcionários. Havia um único apartamento disponível, e no primeiro andar. Não tinha importância! Providenciamos rapidamente o check-in, deixamos as malas no quarto e logo estávamos caminhando pela belíssima praça de Dijon.
 
NOTA - A crônica continua na edição do dia 1º de agosto
 
 
Fevereiro/Março 2007

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