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14/06/2022 às 16h48min - Atualizada em 14/06/2022 às 16h48min

Pompeia, uma viagem ao passado

Fotos: Brand-News
Lurdinha Camillo em frente a uma das ruínas de Pompeia, viagem feita em novembro de 2018
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A história de Pompeia é grandiosa, para o mundo conhecer
 
Pompeia, como eu sempre soube, fazia parte dos lugares que eu e Odair teríamos que conhecer em uma de nossas viagens pelo mundo.
O roteiro, o clima tépido de um início de inverno, as belas tardes radiosas de sol, foram perfeitos para conhecer algumas cidades da Itália, já que optamos por ficar só naquele país.
 
Chegada a Roma, viagem pela Latam, empresa que recomendo pela pontualidade, serviço de bordo muito bom, e aeronaves novas, o que já é uma grande vantagem.
Bem, tempo para rever os mais preciosos lugares, num dolce far niente que merecíamos.
Fizemos a lição de casa e embarcamos no belo Frecciarossa para uns também diazinhos em Nápoles, Verona, Sorrento e... Pompeia, que íamos finalmente conhecer.
 
E estávamos curiosos para conhecer a cidade como era há dois mil anos.
E inúmeras possibilidades à nossa espera, à medida que íamos tomando contato com seus vestígios.
Íamos conferindo as reconstruções, como ruas estreitíssimas, casas, vilas e conjuntos do centro citadino, tal como deveriam ser no início da nossa era.
Tem que ter em mente que a histórica volta ao passado deve ser feita atenta aos detalhes, como as cinzas vulcânicas das ruas, que fazem parte de um dilúvio de rochas vulcânicas e incandescentes.
Em 24 de agosto, 79 d.C., pouco mais de meio dia, o Vesúvio, considerado extinto, explode com uma potência destruidora. Um cenário apocalíptico e depois um silêncio absoluto.
Cinco ou seis metros de espessura isolaram Pompeia do mundo. Por quase dois mil anos, Pompeia não renasce.
Uma viagem ao passado, feita a pé com uma garrafinha de água à mão.


Passam-se mil e seiscentos anos antes que encontrem os primeiros vestígios, e outros cento e cinquenta para que se tenha a sensação de descoberta da cidade. As escavações sistemáticas vão fazendo surgir alicerces, casas semi-destruídas, esboços de decorações de jardins. E assim
Pompeia, nestes últimos anos, vai despertando de seu sono, com os habitantes substituídos por milhares de turistas.
 
A Porta Marina é uma antiga porta por onde se inicia o encontro com Pompeia.
Por esta via, vamos percorrendo embaixo de um sol ofuscante, as ruelas com grandes pedras negras roliças e escorregadias.
Para-se aqui e ali, para ver a imponência com que a cidade dominava toda a planície até o mar de águas de um azul cristalino.
Um olhar para a direita, e o templo de Vênus, com suas colunas reais, aparece, belo.
Mais adiante, paro em frente ao portão gradeado da casa de Rômulo e Remo - para mim, hora de tirar a limpo a lenda dos dois irmãos romanos alimentados por uma loba. Mas não é lenda.
O portão com grades maciças, a grande casa ao fundo, mostra a elegância das varandas, as grandes pedras dos muros.
Templo de Apolo, o deus da beleza grega, o foro com suas colunas dóricas pavimentado em mármore travertino branco, no contraste com o piso das ruelas em preto da lava. A cada esquina, colunatas, arcos e altares, e o interior da grande Basílica aparece inteira.
Não dava para sair de frente do templo de Vespasiano, com o altar de sacrifícios decorado com figuras da mitologia romana.
As ruínas, do que antes foi uma bela cidade à frente do seu tempo, nos dá a certeza do quanto o mundo tem que reverenciar Pompeia.


O sol não economiza e as sombras são quase inexistentes.
Muito a percorrer. Cansaço nenhum. O templo de Júpiter está ali. A coluna Jônica com o relógio solar, as estátuas em bronze de Diana e Apolo.
Um verdadeiro fascínio, como Apolo ainda é reverenciado como o Deus da beleza.
A torre do Mercúrio, com sua imponência, lembrando o Arco do Triunfo de Paris, mas com a realidade do Vesúvio ao fundo.
Nem as cinzas vulcânicas conseguiram extinguir traços de imagens do cruel Calígula, Imperador de 37 a 41 d.C.
 
Cansados? Nada. Mais à frente, a casa do Fauno, com o vestíbulo em colunatas e frescos perfeitos de Hercules, Narciso e Baco.
Netuno também está nas belíssimas pinturas pelas paredes da Casa de Sirico.
A beleza do jardim suspenso da Casa de Marco Lucrecio Frontón, com a fonte ao fundo.
 
Muita história, muita paz, mas encerrei meu passeio por Pompeia entre as amplas janelas, as heras grudadas às paredes nuas, do templo de Isis.
A história de Pompeia é grandiosa, para o mundo conhecer.
 
Bem, embarcamos eu e Odair no Franssciosa rumo a Sorrento.
Estávamos merecendo umas enormes taças da cerveja local, e dois belos filés de cordeiro em um chiquesinho e aconchegante restaurante do centrinho de Sorrento.
Brindamos à Itália. Ah, como eu amo aquela terra...
 
Novembro 2018
 
 

 
 

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