08/02/2022 às 15h59min - Atualizada em 08/02/2022 às 15h59min

Campos do Jordão: o burburinho de Capivari e gente bonita por metro quadrado

Crônicas de viagem do livro "Lurdinha Camillo - Pelo Mundo"
FOTOS: Brand-News
Júlia Camillo Signori, Kátia V. Camillo, esta colunista e Cláudia Camillo Prieto à saída do Hotel Nacional Vilaregio, onde nos hospedamos
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  Um presente de aniversário especial. Mas, um presente só para a aniversariante? E quem disse que eu não ia querer dividir esse presente, que não era de grego?
  Bem, aí contei a surpresa para a Cláudia. Íamos passar o feriado de 1º de Maio em Campos do Jordão (SP). O plano incluía minha filha Kátia e minha neta Júlia, que ama viajar.
  Liguei para fazer o convite, sem direito de recusa, com o seguinte argumento “Vamos, vai ser ótimo, não está tão frio, a pousada é bacana, e para terminar a prosa, estou pagando.”
  Dia marcado, com Kátia na direção do meu possante Honda Civic, pegamos um sem fim de curvas da bonita serra da Mantiqueira.
  Malas no quarto e foi só descer os poucos e movimentados quarteirões até o badalado bairro de Capivari. Ainda tranquilo, uma quinta-feira. Bom para escolher com capricho uma delicatessen para um chocolate quente.
  Dia seguinte, flanar pelas chics galerias, comprar um cachecol aqui, uma boina descoladérrima para a Júlia ali, e dar uma sapeada pelos atraentes restaurantes, para conferir os cardápios. Os fondues, uma tentação.
  O pastelão do Maluf, uma ostentação. Filas para atravessar a grande e lotada lanchonete, a bordo de uma travessa com o pastelão over. Num golpe de espertíssimo marketing, a foto colorida do eterno candidato estampa a caixa. Bingo. Na próxima eleição, Maluf vai ser lembrado pelo pastelão.
  As tardes no Capivari prometem. Gente bonita por metro quadrado, moda de inverno exibindo longas botas, elegantes casacos e cabelão.
  Tudo igual? Tudo igual, mas chic, bonito.
  Baden Baden com listas de espera. Intermináveis. Restaurantes com lista de espera. Intermináveis. Mas o chopp no burburinho garante o gosto das horas, do fazer nada nas calçadas da famosa Capivari.
  Voltar para casa. Digo, para a Pousada Nacional Vilaregio, onde nos hospedamos. A pé.
  Porque as estrelas no céu permitem, é um ir e vir de turistas e poucos quarteirões.
  Manhã seguinte, o delicioso e farto café dá tempo de fazer planos para o dia.
  Ah, quer saber? Vamos fazer tudo de novo. Beijos, Cláudia, pela oportunidade.
 
Maio 2015


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