A vista da capital chilena do alto do Cerro San Cristobal é de tirar o fôlego. Ruas planas, edifícios espelhados e a Cordilheira dos Andes emoldurando o cenário tornam a visita obrigatória
, Bem, a viagem a Santiago do Chile foi escolhida meio que assim, entre um feriado e uns diasinhos a mais. Cláudia ama praia. Eu, nem tanto. Sugeri Santiago. Bonita, cosmopolita, moderna, mas com muita história para contar. O voo pela TAM, saindo de Guarulhos, de apenas quatro horas. Pertinho. Como diria meu avô, um tirinho de espingarda. Localizada ao lado da Cordilheira dos Andes, a capital do Chile tem a maior estabilidade econômica da América Latina e é uma metrópole fácil de ser percorrida a pé. Com nossa correria costumeira para dar conta do Brand-News, desembarcamos, acomodamos as malas no Capital Apart Hotel, tomamos um banho e... rua para um reconhecimento da área.
Pesos na carteira, roupas leves, garrafa de água à mão, e poucos quarteirões à frente estava o prédio histórico do Mercado Central, com o vitral ladeado por ferragens em estilo inglês. No cardápio de um dos bons restaurantes, o El Galeón, o famoso ceviche, o peixe cru marinado no suco de limão. A cerveja local, Austral, foi a preferida pelos dias afora.
A noite demora para chegar. E o providencial Uber nos leva para o Patio Bellavista, no bairro do mesmo nome. Um descolado centro gastronômico, cultural e turístico, com galerias de arte, o melhor da gastronomia, lojas de vinhos. Circulando, gente jovem e bonita. Lugar tem que ir.
Pular cedo da cama, café e flanar por Santiago. Rezar na belíssima Catedral Metropolitana, uma construção datada de 1748, principal edificação da Plaza de Armas, e admirar as belas construções ao redor - entre elas o Correo Central, o Museo Histórico Nacional e o Palácio de La Moneda, sede da administração presidencial do país. No quesito igrejas, a Igreja de São Francisco, construída em 1572, chama a atenção pela singeleza. No interior, toda em pedra trabalhada, uma das imagens mais bonita da Virgen del Socorro feita em madeira policromada no século 16. No claustro, um riquíssimo acervo de arte sacra. Não resisti e dei umas espiadas no lobby do Hotel São Francisco, chic e estiloso, onde já me hospedei com Odair na primeira viagem a Santiago. Também no centro, a bela e antiga Estación Mapocho (1912), convertida em Centro Cultural e aberta a exposições, feiras e eventos, como a Expo Índia, que acontecia por lá por ocasião de nossa viagem. O centenário edifício foi remodelado entre os anos 1991 e 1994.
Bem, hora de comer uma massa suculenta nos arredores do Cerro Santa Lucía, a colina com sua centena de degraus. A vista, de tirar o fôlego. Mas ainda sobrava disposição para subir ao Cerro San Cristóbal. E graças a Deus o funicular subiu quase perpendicularmente até o topo. Um friozinho na barriga. Um delicioso sorvete para aplacar o calor e admirar o Santuario Immaculada Concepción e a belíssima imagem da Virgem Maria, com 36 metros de altura. Santiago a nossos pés. O delicioso salmão bem temperado, a famosa centola (caranguejo gigante), o pisco sour, bebida nacional, deixaram saudades. E para fechar com chave de ouro, um jantar no famoso restaurante Como Água para Chocolate, assim ó de brasileiros. Voltei com a alma lavada e enxaguada.