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29/10/2021 às 14h49min - Atualizada em 29/10/2021 às 14h49min

Morro de São Paulo, o arquipélago baiano rústico chic que é a descrição de paraíso

Por Cláudia Camillo - Texto e fotos

Exatos 30 dias decorridos da viagem a Morro de São Paulo, com um friozinho atípico em Poços e a chuva caindo lá fora, começo a escrever sobre esse paraíso encravado na quente e ensolarada Bahia. Sim, porque embora o nome faça uma referência à nossa vizinha São Paulo, a ilha está localizada no arquipélago baiano de Tinharé, sendo distrito da cidade de Cairu - o único município arquipélago do Brasil e a segunda cidade mais antiga do país. Local que conhecemos durante o passeio Volta às Ilhas.
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O passeio, oferecido pelos locais e com preço tabelado, é o ponto alto da viagem, já que num único dia é possível conhecer praias e piscinas naturais belíssimas (Guarapuá, Moreré e Boipeba), com tempo razoável para banho e, claro, dolce far niente. Não recomendo, porém, para quem tem medo de navegar em alta velocidade - sim, porque os barcos correm um bocado. Digo que é uma aventura e tanto, mas vale a adrenalina.
 
Chegar a Morro de São Paulo também não deixa de ser uma aventura. Se você já deu um “Google” para saber como é, viu que essa é a parte mais chata da viagem. Lanchas e catamarãs saem do Terminal Marítimo de Salvador (próximo ao Mercado Modelo) e vão direto para a ilha - trajeto feito em mar aberto, com previsão de até três horas de duração, dependendo das condições climáticas. Fato é que praticamente todo mundo diz sentir enjoos.
Reynaldo e eu optamos pelo trajeto semi-terrestre, que combina travessia em ferry boat até a Ilha de Itaparica, cerca de 140 km de estrada até o terminal de Valença, mais o percurso de aproximadamente 20 minutos de lancha até o destino final.
 
Pernas pra que te quero, porque a brincadeira está só começando. Bora subir o morro a pé, já que carros não circulam pela ilha.
As malas sobem num carrinho de mão - você combina o valor com os rapazes que fazem o serviço; aliás, toda mercadoria ali circula assim. Genial!
 
O centrinho é uma graça - uma mistura de Itacaré (BA), Pipa (RN) e até Búzios (RJ). Lojinhas, restaurantes, barzinhos com música ao vivo (com horário limitado para todos), a singela Igreja de Nossa Senhora da Luz, pracinha com artesanato local. Um burburinho com gente bonita e astral lá em cima.
 

PRAIAS - A ilha tem praias belíssimas, de águas mornas e limpas, e algumas curiosidades (a começar pelo nome das praias, que são chamadas por ordem numérica a partir de sua proximidade com o centro: Primeira, Segunda, Terceira e Quarta). Dizem que o baiano tem preguiça de chamar pelo nome original. Dizem...
 
Fazendo um resumo bem rápido, dá para dizer que a Primeira Praia é meio que uma “porta de entrada”, já que é colada ao centro. Tem uma faixa curta de areia e peca pela falta de estrutura das barracas - por isso é pouco frequentada.
Na Segunda Praia o mergulho já é certo, os barzinhos idem, mas o melhor mesmo é ficar por ali um dia apenas e seguir ir adiante se você gosta de mais exclusividade.
Curtinha e endereço para a saída de barcos rumo às ilhas, a Terceira Praia é pouco frequentada, mas tem águas cristalinas e durante a maré baixa, formam-se piscinas naturais.
Mais isolada e com longo trecho de areia, a Quarta Praia é também usada para passeios de bike e mergulhos nas piscinas naturais.
É trajeto também das charretes que seguem em direção à Quinta Praia - mais conhecida como Praia do Encanto.
Eu disse encanto? Com certeza! Rústica, quase deserta - diria reservada -, tem seu charme: pescadores a serviço, redes de descanso em plena água.


 
Impossível não citar a Praia de Gamboa, pequeno vilarejo de pescadores, acessível a pé, se a maré permitir. A curta caminhada (cerca de 20 minutos) vale a pena - tem até banho de argila, com propriedades medicinais, segundo os locais. A volta, faz-se alugando o Táxi Boat por R$ 10,00 por pessoa.
Mas, calma, antes de regressar ao Morro de São Paulo, desfrute de suas águas mornas, larga faixa de areia branca e quiosques bem estruturados.

 
 
Algumas das melhores pousadas - como a Pousada Patuá do Morro, onde ficamos e recomendo - estão na Segunda Praia, endereço também dos barzinhos descolados, restaurantes, etc.
 
Mas, antes de chegar lá, sobe morro, desce morro, uma parada obrigatória em um dos pontos privilegiados para assistir ao pôr do sol. Programa obrigatório, diga-se.

No Mirante da Tirolesa, de onde sai a tirolesa rumo ao mergulho na praia, o espetáculo é gratuito - mas, claro, não tem o charme da Toca do Morcego, um bar frequentado por turistas, com música ao vivo e um visual de tirar do fôlego. Vale a pena se informar sobre os valores de entrada e bebidas, já que é bastante salgado.
Outra opção é o jardim do antigo Forte de Morro de São Paulo, construção histórica protegida pelo Patrimônio Histórico Nacional. Embora fechado à visitação, o Forte conserva até os dias de hoje, 678 metros de suas muralhas e ruínas da construção original.
 
Final da viagem, digo, da crônica, pena, porque poderia descrever cada lugar, cada sensação após seis dias de sol e mar.
Fica, então, a dica: Morro de São Paulo é a tradução, a descrição do paraíso na terra.

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