22/06/2022 às 15h53min - Atualizada em 22/06/2022 às 15h53min
Havaí, uma viagem que ficou na história
Parte 1
Fotos: Brand-News
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A primeira vez que Lurdinha se tornou “fotógrafa profissional” do Brand-News
Era fevereiro de 2001. Estava na redação do jornal quando recebi um fax do Convention & Visitors Bureau de Honolulu, Havaí, em cuja folha cheia de rabiscos, como era comum na época em que ainda não existia o e- mail, convidava-me a integrar um grupo de 10 jornalistas internacionais de turismo para uma viagem ao novo Estado americano.
A finalidade era conhecer sua capital, Honolulu, e uma parte daquela região norte-americana, inclusive visitar os bunkers, o navio naufragado na baia de Pearl Harbor que, no dia 7 de dezembro de 1941 foi atacada de surpresa pelos japoneses, marcando a entrada dos EUA na 2ª Guerra Mundial.
Adorei o convite, já que conhecer o Havaí era tudo que sonhava. Mas, ao reler o fax, verifiquei mais atentamente que o mesmo era endereçado somente a mim. No mesmo instante, pensei como ficaria a Lurdinha, que sempre participava comigo dessas viagens internacionais. Ela já havia há algum tempo se manifestado de um dia conhecer Honolulu e assistir de perto a hula, dança típica havaiana, e participar de um luau, um bonito e tradicional banquete promovido pelos hotéis da ilha.
Bem, eu estava naquele momento com um grande problema. Ou eu aceitava o convite como estava no fax, certamente provocando constrangimento e mágoa por parte de minha mulher pelo fato de ela não poder participar, ou eu tentaria de alguma forma incluí-la na viagem. Uma tarefa quase impossível!
“Vou responder amanhã. Quem sabe até lá eu possa achar uma solução”, pensei comigo. No dia seguinte eu já tinha a solução. Datilografei numa folha de papel timbrado do jornal, agradecendo o convite, porém pedindo desculpas por não aceitá-lo pelo fato de que eu somente viajava para minhas reportagens jornalísticas acompanhado de um fotógrafo - que, no caso, era minha esposa Lurdinha. Se ela pudesse viajar comigo, eu aceitaria participar.
Até então eu não havia contado nada a ela...
Enviei a mensagem e, dali em diante, passei a olhar frequentemente para o aparelho, na esperança de receber o sinal dando uma resposta positiva. E nada aconteceu. Passados três dias de uma espera ansiosa, na manhã seguinte a tão aguardada resposta chegou, confirmando também o nome da Lurdinha para a viagem.
Eu nem acreditei que a minha estratégia havia dado certo. No texto, o CV&B de Honolulu enfatizou que “seria um caso excepcional”. As instruções para a retirada dos bilhetes aéreos, bem como o voucher do hotel já estavam disponíveis na United Airlines, em São Paulo.
“Ufa, que alívio”, pensei comigo. Também pudera! Eu havia sido escolhido o único jornalista brasileiro, entre dezenas da grande imprensa, para participar com mais nove de outros países nessa viagem!
A continuação dessa crônica, você confere amanhã, dia 23. Fevereiro 2001 - Do livro “Memórias de um Jornalista Globetrotter”