30/05/2022 às 15h45min - Atualizada em 30/05/2022 às 15h45min

Cabo de guerra

Adriano Mussolin – Jornalista
Email: [email protected]
Figura meramente ilustrativa - Reprodução Shutterstock
A polarização que impera por todo o Brasil e boa parte do mundo já está instalada em Poços também. Não se pode mais ter uma opinião equilibrada. Quem procura a ponderação é tachado disso ou daquilo. Fascista, comunista, esquerdista, bolsominion, mulambo, otário, ignorante, desinformado e por aí vai.
 
As redes sociais são um campo vasto para a proliferação dessas intolerâncias. Muitos se escondem atrás dos seus teclados e manifestam suas opiniões (ou falta delas) como se doutorados fossem. Seja qual for o assunto, Direito, Medicina, Futebol, Sociologia e, especialmente, Política. Tudo descamba para a agressividade.
 
Basta tentar ler os comentários de uma postagem qualquer sobre nossa cidade que se pode observar a total falta de equilíbrio e empatia das pessoas. Vira um campo de batalha. Agressões, xingamentos, violências verbais de todos os tipos. São dois lados bem definidos. Um cabo de guerra. Cada grupo puxa para o seu lado e ninguém sai do lugar.
 
São diversos exemplos que temos por aqui de que, quando todos olham para o mesmo lado, se unem em prol de um ideal, somam forças para alcançar um objetivo, ele sai. O que se vê, a cada dia mais, é o oposto disso. Muitas vezes, por pura birra ou intransigência, um grupo deixa de apoiar uma causa que é para o bem do coletivo. Todos perdem.
 
E, mais uma vez, essa desunião está para se manifestar na eleição de deputado para Poços. Tudo leva a crer que não conseguiremos colocar um representante em nossa Assembleia Legislativa. São muitos candidatos, a maior parte com poucas chances. Sem contar outros tantos de cidades vizinhas que estão aportando por aqui para conquistar seu quinhão. Os votos serão pulverizados e, provavelmente, ficaremos sem a nossa outrora tradicional presença política na capital. Para deputado federal a perspectiva é ainda pior.
 
Hoje em dia, existem apenas os extremos, a polarização domina. Ainda dá tempo. Precisamos achar um ponto de convergência para voltarmos a avançar como cidade.

E como país também.


 


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