19/11/2021 às 15h08min - Atualizada em 19/11/2021 às 15h08min
Em Punta Cana, um jantar harmonizado especial para mim e Lurdinha
Por Odair Camillo - Jornalista
FOTOS: Brand-News
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Quando de nossa estada em Punta Cana, na República Dominicana, em outubro de 2016, ficamos hospedados no Paradisus Palma Real, da rede espanhola Meliá de hotéis. Chegamos tarde da noite e só ouvíamos o barulho das ondas e do soprar do vento. De manhã, ao sairmos para o breakfast, já estávamos com o pé na areia e, poucos passos à frente, sentíamos o prazer de avistarmos um belíssimo jardim e um bem cuidado gramado protegidos por palmeiras que terminavam na praia de águas cálidas e ondas tranquilas.
Tínhamos também à nossa disposição, um carrinho elétrico para que pudéssemos nos deslocar para as áreas de entretenimento. As refeições eram servidas em vários restaurantes, com a gastronomia local, e a das delícias internacionais.
Bem. O que quero contar foi uma experiência única, talvez nunca retratada por alguém, muito menos por dois jornalistas brasileiros num famoso resort, quando lhes foi oferecido um jantar harmonizado, assim definido por Robert Louis Stevenson, poeta e escritor britânico de roteiros de viagem, como um “soneto perfeitamente calculado e ritmado”.
Na tarde anterior, em conversa com o gerente, fomos informados que um famoso chef da culinária espanhola, pertencente à rede, se encontrava de férias e ali hospedado, e que ele gostaria de nos oferecer um jantar, só para nós, exatamente igual ao que fazia no Meliá de Madri.
Evidentemente que aceitamos. À hora marcada, estávamos no restaurante indicado, especialmente reservado para mim e Lurdinha, quando fomos apresentados a ele. Após a sessão de fotos e informações, já sentados à mesa, a cada dez minutos um prato diferente nos era servido, acompanhado de um vinho específico para cada tipo de gastronomia. E confesso que, incluindo a sobremesa, cheguei a contar seis tipos de iguarias. E dessa forma, acabamos conhecendo o “jantar harmonizado”, uma regalia que somente os deuses têm direito.
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Em compensação, já comi carne de cachorro em Seul, na Coreia
Quando a Vasp inaugurou seu voo São Paulo/Seul, fui um dos jornalistas convidados a participar da viagem, que foi dividida em duas etapas, em Los Angeles e depois para a Seul.
E o nosso primeiro contato gastronômico aconteceu num restaurante moderno localizado numa pequena elevação da cidade, e considerado um dos melhores da capital coreana.
Lá chegando, fomos conduzidos ao salão, cuja mesa para 12 pessoas ficava rente ao chão, com espaço unicamente para se enfiar as pernas sobre ela. Já não gostamos, e logo pedimos para que mudássemos para uma mesa normal. Depois de alguns minutos, a equipe de garçons começou a colocar dentro de alguns buracos espalhados sobre a mesa, os cones com carvão em brasa, enquanto outro estendia sobre a grelha convexa, tiras de carne bem elaboradas para serem assadas. E depois de pouco tempo, o sabor agradável desprendia-se no ar, aguçando a fome dos comensais. Além dessa iguaria, outros pratos da gastronomia local foram servidos. E todos gostamos!
Ao retornar ao hotel, o nosso guia, Ulisses Canhedo, reuniu os jornalistas numa sala e perguntou a cada um se haviam apreciado o almoço. E todos foram unânimes a afirmar que sim. Um deles até chegou a sugerir que repetíssemos a “dose”.
E foi quando fomos informados que a carne tão saborosa que havíamos comido, era carne de cachorro. Surpresos com a notícia, alguns deles saíram correndo imediatamente para os sanitários.
Junho 2012