C Em dias taciturnos a natureza se recolhe para meditação. Atende os reclamos da terra e faz molhar o chão. Retira das ruas todos os motivos barulhentos e aquieta-se sob o manto de vários tons de cinza.
Muitas pessoas reclamam, certamente. Como são egoístas essas pessoas! Esquecem-se que, não raras vezes, elas também têm seus dias taciturnos, recolhidas em suas dores e em seus problemas. Pessoas mais compreensíveis no entanto, aproveitam do silêncio lá fora e da aragem que esfria o ar, para o aconchego cá dentro, no agasalho de bons momentos e de boas prosas.
Dias taciturnos lá fora, podem propiciar o calor das presenças, a alegria da seção cinema com pipoca e a viagem gostosa que se faz ao sabor de uma boa leitura.
Perde sim, aquele que se encoruja atrás da vidraça a reclamar do tempo, só porque ele estava taciturno.
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