C A infância, a adolescência, a juventude, a maturidade, a melhor idade... Ops: "Melhor idade"?
Eu diria que até a maturidade, ali pelo meio século de vida, todas as idades são a "melhor idade". Até um tanto mais a frente, enquanto se tenha vitalidade, enquanto os "ais" não se achegam, enquanto se tenha virilidade. Depois, um tempo diferente, eu diria. "A idade da gratidão", possivelmente!
Ao se fazer o balanço, descobre-se que nem todos alcançam o mirante do tempo. Nem todos vislumbram a infância, as descobertas da adolescência, as loucuras da juventude, os sabores da maturidade. Muitos se apagam nos tempos, a qualquer tempo. Não, a idade derradeira não é a melhor idade, ainda que seja uma dádiva. No entanto, há uma magia nela. Há uma percepção nova sobre a compreensão da vida, há um amor platônico pela bela mulher que não se toca, há um amor imenso pelos filhos e pelos filhos dos filhos. Há uma gratidão pelos anoiteceres e pelos amanheceres. Há uma sabedoria enfim, a corrigir conceitos e a escrever o melhor epílogo da própria história.
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