Olhamos para o futuro. Como será o amanhã? A robotização de todos os processos. A Inteligência Artificial assumindo o controle do mundo. Os avanços tecnológicos. As mudanças sociais e econômicas. O mundo ficcional desenhado por William Hanna e Joseph Barbera para 2062, em “Os Jetsons”, nos parece factual. O que era novo já é antigo. Precisamos todos, rejuvenescer.
Abrimos a janela do hoje. O fosso social entre ricos e pobres aumenta a cada dia. As drogas assumem o controle das ruas. A prostituição. A poluição. A corrupção. As redes sociais invadindo os lares. As guerras milenares continuam, transmitidas ao vivo, via satélite, em tempo real, para todos os continentes. As religiões como armas. Os celulares, com muitos mais recursos, se tornando instrumentos da violência praticada por cidadãos com cada vez menos recursos.
Utilizamos o “estetoscópio” para examinar o coração do homem. Auscultamos suas dores, suas dúvidas, suas (des) crenças. Ainda somos como nossos pais. Os medicamentos aliviam os males do corpo. A alma sofre. “Não sei quem Soul”. A morte nada sabe sobre tecnologia. Choramos nossas perdas. Conhecemos as teorias. Desconhecemos a nós mesmos. Trafegamos na infovia. Não sabemos aonde chegar.
“Os Jetsons” é um desenho animado criado no século XIX e que ainda podemos assistir no Youtube. Contudo, aqui no século XXI, todos nós, com tantos nós, vivemos desanimados pelo aumento geométrico no número de cidadãos, sem cidades. Estes não têm acesso ao futuro, pois o presente doido e doído bate todos os dias na porta. Há fome, desemprego, miséria.
Problemas na educação, saúde, habitação, meio ambiente...
Imaginamos soluções para o amanhã. Não temos soluções para o hoje.
E assim, nessa pororoca entre o futuro e o presente, seguimos.
Sozinhos no escuro, sem teogonia, sem cavalo preto que fuja a galope, sem Drummond, marchamos.
Alexa, para onde?
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