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04/11/2024 às 15h52min - Atualizada em 04/11/2024 às 15h52min

“Mais Caminhos”: EPTV resgata história da princesa Anastasia Romanov do Dia de Finados

Por Odair Camillo - Jornalista
Fotos: Divulgação EPTV Campinas
Odair Camillo com a equipe da EPTV Campinas, emissora afiliada à Rede Globo
 
O jornalista Odair Camillo, que estudou inglês e francês com Miss Tamara Gagarin, suposta princesa russa, falou sobre o tema na entrevista que foi ao ar na TV Globo, no último sábado, 2 de novembro
 
O programa “Mais Caminhos”, apresentado todos os sábados, às 15h15, pela EPTV - Rede Globo - Campinas, apresentado por Pedro Leonardo (foto) e Tati Camargo, tornou-se um dos mais assistidos da emissora global, com uma audiência fiel de 12 milhões de telespectadores, alcançando 317 cidades, proporcionando entretenimento e cultura para toda a família, e consolidando-se como uma referência na televisão regional.
 
Na tarde deste sábado, dia 2, Finados, o programa abordou histórias sobre os cemitérios da nossa região, curiosidades sobre a arte tumular e de personagens importantes neles sepultados, como a da princesa russa Anastasia Romanov, filha do czar Nicolau II e da czarina Alexandra Feodorovna, governantes da Rússia Imperial, que sobreviveu à chacina de sua família, comandada por Lenin em 1918, e que supostamente viveu, praticamente como uma fugitiva, por quase 20 anos em Poços de Caldas. Ela está sepultada no cemitério local, e seu túmulo é um dos mais visitados.
 
Entre os entrevistados, convidado pela produtora do programa Malu Martins, tive a oportunidade de falar sobre minha convivência como aluno por quase dois anos com a professora russa Miss Tamara, nome também dado à “princesa”, tempo em que aprimorei meus conhecimentos da língua inglesa e francesa, observei sua cultura rica e inigualável, conheci de perto seus hábitos e costumes, ao mesmo tempo percebendo seu pavor em relacionar-se com outras pessoas, certamente, e com muito medo de ainda ser perseguida pelos assassinos russos.
Só terminei minhas aulas particulares com ela, quando teve que ser hospitalizada e depois internada no Asilo São Vicente de Paula, acolhida pela Irmã Líbera, e vindo à óbito tempos depois.


 




















Na crônica que publiquei aqui no Portal Brand-News, dia 21/07/2022, e que também integra meus escritos no livro em preparação “O Menino de Paranapiacaba”, descrevo um pouco sobre meu contato com ela (vejo trechos abaixo).
 
“A luz fraca não deixava transparecer o ambiente formal, próprio de uma pessoa bem idosa. Num dos cantos da sala, notei que havia um instrumento musical encostado na parede, que se assemelhava a um violão esquisito com a parte maior, onde é formado o som, na forma de uma bola grande cortada ao meio. Depois fiquei sabendo que era uma balalaica, instrumento muito popular na Rússia.

Mal vestida, e usando um pano na cabeça e um grande xale envolto ao pescoço, Miss Tamara, como era conhecida, dirigiu-se a mim em inglês, talvez querendo testar os meus conhecimentos da língua britânica. Como estava preparado para esse encontro, respondi da forma que sabia e logo, acertávamos dias, horários e o valor que teria que pagar por cada aula.

Depois de tudo acertado, três vezes por semana apresentava-me em sua residência da Rua Santa Catarina para aperfeiçoar-me na língua inglesa. Algumas vezes tive curiosidade em conhecê-la melhor, mas ela jamais se comprometeu e logo mudava de assunto.”
 
Segue o link da publicação, confira:
https://brandnews.com.br/noticia/6100/minha-professora-de-ingles-seria-uma-princesa-russa

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