24/07/2024 às 16h24min - Atualizada em 24/07/2024 às 16h24min

Os vizinhos da rua Marechal Deodoro quando era menino

Por Odair Camillo - Jornalista
Rua Marechal Deodoro - Foto: Reprodução Google

 
A rua Marechal Deodoro sempre foi, depois da Assis Figueiredo, uma das principais ruas de Poços de Caldas. Até nossos dias, ela é a que dá acesso à zona Leste da cidade e saída para a maior parte das cidades sul-mineiras.
 
Lembro-me na minha infância, de conhecer grande parte de seus moradores ou dos comerciantes nela estabelecidos. Logo no seu início, do lado esquerdo, havia um grande armazém de café, e defronte, uma pequena agência do Banco do Brasil. Praticamente ao lado, tinha o Armazém Vila Nova, do saudoso Pedro Severino Neto, o sobrado da família José Bernardo Neto, e na esquina com a rua Santa Catarina, o armazém da família Scandiuzzi.
 
Do outro lado do armazém de café, haviam algumas lojas comerciais, como a Eletrical, dos Monteiro, a Gerumaglia, o predinho do Mário Prado, e na esquina, a firma de terraplanagem dos Irmãos Menezes. Ainda do mesmo lado, na esquina, o Armazém Vilas Boas, e na sequência as residências do Ézio Nastrini, da família Acerbi, do construtor Manoel Cândido Martins e o barracão da transportadora dos Irmãos Ferrari.
 
Não havia a ligação da rua Corrêa Neto com o pátio do novo Mercado Municipal. No lugar havia uma marcenaria, e no fundo, o ribeirão, que obstruía a ligação. Depois, uma pequena oficina que mais tarde foi adquirida pelo Ranulfo Figueiredo e, logo em seguida, a nossa propriedade, Posto de Molas Suéden, onde é hoje a Loja da Borracha, vindo a seguir a casa de João Prunes, da família Zono, que ficava fora do alinhamento da rua, e outras propriedades como a Padaria Minerva, até a frente do Posto do Barbudo.
 
Do lado oposto, sobressaía-se a loja do Bepe Baldini, que na época revendia os automóveis Studebaker. Em seguida, do mesmo lado, a barbearia do Berto e Dito Infante, o postinho de gasolina do Alvarino de Freitas e a Farmácia Cruzeiro, do Miguel Vasquez e irmãos, e uma oficina de baterias.
 
Atravessando a rua, depois do Posto do Barbudo, ainda há a propriedade do Ciro Machado de Moraes, especializada em motores e peças elétricas. No final da rua, tinha a fábrica de guaraná Iracê, uma garrafinha pequena que dava pouco menos de um copo. Mais tarde, talvez, surgiu a “caçulinha” da Antártica. 
 
Interessante que a rua Marechal Deodoro era de duas mãos de direção e o piso de paralelepípedos, desde o seu início até o posto do Barbudo, e dali em diante, era de terra batida. Não havia a ponte que a ligava até o Jardim dos Estados, tendo os motoristas que continuar pela Coronel Virgílio Silva. A ponte que hoje faz essa ligação foi bancada pelos próprios moradores da Marechal, que se cotizaram e a construíram com recursos próprios, diziam na época.
 
Do livro em preparação “O menino de Paranapiacaba”
 

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