03/09/2024 às 15h03min - Atualizada em 03/09/2024 às 15h03min

Parte da história do Brand-News foi escrita na avenida Francisco Salles

Por Odair Camillo - Jornalista
Construção do prédio onde funcionou a sede do jornal por várias décadas

 
O predinho de dois andares erguido defronte ao estacionamento do Mercado Municipal, foi palco de memoráveis visitas e entrevistas com pessoas simples, e importantes de nossa sociedade.
Escritores, poetas, artistas plásticos, pessoas gradas de nossa sociedade, bem como  políticos notáveis que governaram nosso município e até nosso Estado, subiram sua escada até o primeiro andar, e tornaram-se notícia nas páginas do Jornal Brand-News
 
Uma história que começou quando adquiri uma propriedade na rua Marechal Deodoro, que fazia fundos com o Ribeirão de Caldas. Planejava construir ali um local que abrigasse o pequeno jornal bilíngue que fundara em 1975. E com a canalização do ribeirão e a construção da nova avenida, o imóvel foi ali edificado, onde se encontra atualmente.
 
Como jornalista, empenhava-me em registrar o desenvolvimento de nossa cidade, projetando-a nacional e internacionalmente em nossas viagens pelo mundo. Minha curiosidade fez, na época, com que aprendesse todas as fases de produção de um jornal em off set, nova tecnologia que surgia, desde o past-up sobre cartolina à preparação dos fotolitos e a gravação em chapas de alumínio. A impressão ficava a cargo do amigo Purcino, na Escola Dom Bosco, dirigida pelo saudoso Padre Carlos.
 
As salas da redação agrupadas no primeiro andar foram utilizadas por longos anos. O jornal impresso, quase todo a cores, chegou a ser premiado um dos melhores de Minas Gerais, e só deixou de circular com a chegada da covid-19, como a maioria de outros jornais, cedendo lugar mais tarde ao Portal Brand-News, publicado pela Cláudia, minha filha também jornalista, numa nova plataforma online e avançada tecnologia.

 
Hoje não mais encontro motivação para visitar essa propriedade. Tudo ali parece-me estranho. Não mais escuto aquele burburinho de computadores registrando ideias e trabalhando imagens. Falta o entrar e sair de pessoas ligadas aos eventos e às notícias. Ficou muito triste não mais encontrar minha esposa Lurdinha, sentada à sua mesa, redigindo sua coluna social e bolando suas colunas geniais e crônicas maravilhosas.
 
Ela não mais voltará àquele espaço lúdico para desenvolver sua criatividade. Foi chamada para morar no céu, ao lado de seus anjos queridos. E eu fiquei aqui sozinho, acumulando saudades e procurando resgatar suas lembranças afim de camuflar minha dor. E rabiscando essas linhas sem nexo defronte ao meu computador!

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