Em meio à dor das famílias atingidas pelas tragédias climáticas no sul, uma batalha diferente se desenrola. Não pela solidariedade aos necessitados, mas por validação política e ideológica.
Alguns insistem em transformar esse sofrimento humano em arena para provar a superioridade moral de seu “time”. A luta parece ser por gritar mais alto: “Nós é que estamos certos!”, e não por amenizar o drama.
Foi o filósofo existencialista Maurice Merleau-Ponty quem nos lembra que o passado é reconstituído a cada novo presente, e o momento presente reconstitui o passado. Então, por que reproduzir padrões antiquados de conflito e narrativas políticas desgastadas?
O filósofo visionário explorou nossa relação com o mundo. Sua mensagem nos convida a ressignificar o passado, não o reencenar. A abraçar a liberdade de nos reinventar e engajar no que importa: compaixão, cooperação, serviço ao próximo.
Nossa identidade não precisa ser uma bandeira ideológica erguida contra um inimigo externo. Ela pode ser um farol interno que o guia para uma existência autêntica, centrada no cultivo do seu melhor eu e no verdadeiro senso de comunidade, empatia e impacto positivo. Ou uma obsessão doentia por provar que nosso “time” é o vencedor moral, gastando energia em batalhas vazias.
Nossa missão está em sermos cientes do potencial de fazermos do mundo um lugar melhor. Então, mais que azul ou vermelho, sejamos nós mesmos. Vivamos com propósito, autenticidade e genuinamente.
Por Alexandre Senna - Comunicólogo e estudante de psicologia @sennaconversa
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