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08/02/2024 às 16h43min - Atualizada em 08/02/2024 às 16h43min

Escolas devem exigir antecedentes criminais para admitir professores?


Li no jornal Folha de São Paulo do dia 7 de fevereiro de 2024 que as escolas públicas e particulares agora têm que exigir antecedentes criminais para admitir professores.
É uma questão complexa e gera debates em diversos países e, aqui entre nós, provoca questionamentos vários, notadamente de ordem negativa. E, assim, perguntamos:
Exigir antecedentes criminais pode ajudar a garantir a segurança dos alunos, evitando que pessoas com histórico criminal, especialmente relacionado a crimes contra crianças, tenham acesso a posições de autoridade em escolas?
O professor, ao participar de uma manifestação política, significa que ele é um criminoso?
As escolas têm a responsabilidade de proteger os alunos e criar um ambiente seguro para o aprendizado?
Verificar os antecedentes criminais dos professores é uma medida que pode contribuir para essa responsabilidade?
Demonstra que a escola leva a segurança dos alunos a sério e está comprometida em contratar profissionais qualificados e éticos?
 
Tudo que perguntamos acima leva-nos a dizer que a exigência é falha, pois solicitar antecedentes criminais pode levar à discriminação injusta contra profissionais que escolheram estudar e se preparar para a carreira do magistério e passaram anos frequentando uma faculdade que, em última análise, orienta os futuros profissionais pedagógica e filosoficamente para estar à frente de alunos em uma sala de aula.  
 
No geral, a decisão de exigir antecedentes criminais para contratar professores depende das políticas e regulamentos de cada país e instituição educacional, bem como das leis de proteção de dados e direitos humanos. É importante encontrar um equilíbrio entre garantir a segurança dos alunos e proteger os direitos daqueles que escolheram a profissão de professor não por oportunismo ou porque a atividade é bem remunerada, mas por vocação.
 
De resto, vamos chegar à conclusão de que o governo cada vez mais fecha os olhos para a educação, dificultado até mesmo a vontade dos cidadãos de seguir na carreira do magistério, seja ele público ou privado.
É mesmo para causar muita indignação, sabendo nós que o ambiente pedagógico das escolas é feito por professores, supervisores, orientadores e demais profissionais que dirigem a instituição.
 
Por Hugo Pontes - Professor, poeta e jornalista
E-mail: [email protected]
 
 


 
 
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