C Havia uma luz lá no fundo dos meus olhos... indecifrável! Uma estrada nunca percebida antes. Uma perspectiva perpendicular cujas arestas se uniam lá longe, onde a luz brilhava e ofuscava a visão, escondendo tudo o que pudesse existir depois. Algo que era invisível ao espelho. Por isso só percebi quando mergulhei nos meus olhos. Um encantamento talvez, no intrínseco de mim.
Que nome posso dar à essa percepção? Deus? Essa luz que alumia e não reflete no espelho, cujos valores não se apressam, esperam. Uma luz de mil reflexos e mil sinônimos que fazem uma beleza até então desconhecida.
O envelhecimento então se me mostrou um paradoxo entre a imagem que o espelho reflete e o adjetivos que cintilam na alma. Não como elementos iluminados e sim, elementos luminosos, que descobrimos afinal, quando mergulhamos em nós mesmos.
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