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02/10/2023 às 16h15min - Atualizada em 02/10/2023 às 16h15min

“Sextou”

Jornalista, publicitário, escritor e professor universitário
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Foto meramente ilustrativa - Reprodução Google
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Fiquei pensando nessa expressão popular, reproduzida em plataformas digitais e de embarque e desembarque, pois sexta-feira, para muitos, é dia de viajar, encontrar amigos e que tais, cair na gandaia, tomar umas, correr para o abraço, pintar e bordar, arrebentar a boca do balão. Ao que parece, só tem um dia no ano, principalmente para os católicos, quando a sexta tem outra conotação: a Sexta-feira Santa ou da Paixão.
 
Sexta para muitos é o último dia útil da semana (os outros dias seriam inúteis?), pois, afinal, o final de semana chegou finalmente e assim, “trabalhar só na segunda”. Mas, há controvérsias: pela Dona Norma ISO, respeitável senhora, a sexta é o quinto dia útil da semana, já que milhões trabalham aos sábados.
 
Os pagãos antigos (aliás, está difícil encontrar pagãos modernos, já que ninguém quer pagar nada) dedicavam a sexta-feira ao astro Vênus - o segundo planeta do Sistema Solar mais perto do Sol. Não é por outro motivo que as pessoas saem às sextas-feiras, mas só chegam no dia seguinte, ao raiar do sol. Também, dizem, por decorrência, é que na sexta aumenta a venda de preservativos (Camisa de Vênus), mas, já aqui é relacionada à Vênus, deusa romana da beleza e do amor, sabe-se lá.
Vai Vênus onde isso vai parar... hehe.
 
O fato é que ao falarmos “Sextou”, queremos dizer que é o dia do descompromisso, da descontração e do prazer, totalmente antagônico à segunda-feira, que cheira a relógio, trabalho, responsabilidade, produtividade.
 
Finalizando, nada melhor que em uma sexta-feira lembrar da poesia para aliviar a carga, refrigerar a alma, distensionar os músculos e alegrar o coração. Assim, o grande poeta Mário Quintana, talvez tenha “sextado”, ao escrever um poema para todos os dias da gente.
 
“Quando se vê, já é sexta-feira...
Quando se vê passaram 60 anos!
Agora, é tarde demais para ser reprovado...
E se me dessem - um dia - uma outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguia sempre em frente... e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas”.
 
 
 


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