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12/06/2023 às 15h37min - Atualizada em 12/06/2023 às 15h37min

Felizes para sempre

Jornalista, publicitário, escritor e professor universitário
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Ao longo da vida conhecemos vários casais que estão juntos há 10, 20, 30 anos ou mais. Vivenciando longas-metragens ao invés de seguirem os curtas tão em moda nos dias atuais. E se perguntarmos a cada um como fizeram para permanecer juntos, apesar das diferenças, apesar dos problemas, apesar das discussões e dos conflitos, apesar do crescimento no número de separações, não iremos encontrar uma resposta única. Sim, porque existe um tempero próprio, um modo de fazer à moda da casa que resultou na cumplicidade, em um partilhar e compartilhar. A persistência venceu os problemas, a vontade de ficar junto venceu o cansaço.  O insistir venceu o desistir. Mas claro, não foi sem trabalho, não foi sem esforço. Porque amar também dá trabalho, exige paciência, requer cuidados e determinação. Não dá para dizer eu te amo e achar que tudo termina ali. Pelo contrário, tudo começa ali.
 
Dias atrás ouvimos uma pessoa afirmar que um relacionamento a dois só dá certo nas telas do cinema. Ousamos discordar. Conhecemos casais que estão juntos pela aliança mútua de um compromisso firmado baseado em um roteiro de respeito e fidelidade. Casal perfeito? Longe disso, pois se reconhecem como humanos. Mas se esforçam diariamente para manter viva a chama em um universo onde tudo leva à descrença, à individualidade, ao egoísmo.
 
O monólogo, por vezes, é mais fácil. Ser o personagem principal sem precisar dividir as cenas, encanta e seduz. Por isto não são poucos os que pensam em viver tão somente o verão do encontro e paradoxalmente congelar os momentos felizes.  Sem receitas prontas, para vivenciar um verdadeiro filme de amor é essencial reconhecer que o inverno vai chegar e poderá fazer tremer o relacionamento. Por vezes, o outono fará cair às folhas. Contudo, insiste a esperança que, na sequência das cenas, o calor voltará a aquecer os dias e os frutos virão ainda mais fortes.
 
Por tudo, ao receber um convite de casamento percebemos não ser um ato individual. É a oportunidade coletiva de renovar nossas crenças nas histórias de amor que acontecem diariamente na vida real por mais que nos pareça o contrário.
 
O “Felizes para sempre” enfim, pode não ser apenas o título de filme romântico em cartaz nas telas de cinema. Pode ser realidade em plena luz do dia em uma segunda feira. Basta querer e desejar profundo. Basta “seguir o roteiro” como, lá de cima, nos ensina o diretor.
 
 


 

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