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25/05/2023 às 15h48min - Atualizada em 25/05/2023 às 15h48min

Memórias de um tenista do Country Clube

Por Odair Camillo - Jornalista
Mário Roberto P. Ferreira (Careca), José Maria Ferreira, Jurandir Sebastião, Odair Camillo e o treinador da equipe, Grilo - Foto: Gerson Alves de Morais
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Sentado na velha escadaria das quadras de tênis do Country Clube de Poços de Caldas, nada diferente do que era há cinco décadas e de onde assistia às partidas, observo atentamente dois jovens disputando a final da Olimpíada dos Trabalhadores deste ano. E quantas lembranças surgem nesse momento de saudade. Época em que os tenistas trajavam-se todos de branco, seguindo as regras clássicas para uma competição desse esporte elegante.
 
Iniciei na década de 70 a prática do tênis, a princípio batendo bola no paredão, orientado pelo professor Romeu, e mais tarde pelo Lula, mas sempre de olho na quadra 3 para chegar aos primeiros jogos com outros alunos.

Minha raquete tinha estrutura de madeira, pesada, quando ainda não existiam as de alumínio, grafite ou fibra de carbono.
 
Havia uma hierarquia na utilização das quadras. Logo passei para a de número 2, e nela permaneci por vários anos. No entanto, por inúmeras vezes participei da quadra principal, nos torneios promovidos pelo clube.
 
Essa quadra era privilégio - e deve ser até hoje - dos melhores jogadores da época e tinha como gandula principal o garoto Tarô, que tornou-se mais tarde um profissional e que atualmente é professor desse esporte no Hotel Monreale Resort.
 
Os tenistas, considerados “bons”, logo ao chegar colocavam suas raquetes na mureta e, pela ordem, entravam na quadra, e ali disputavam boas partidas. Raramente tive a oportunidade de jogar com eles. Só quando não havia ninguém da categoria... Aprendi muito com alguns, como o saudoso José Maria Ferreira, pai do Mário Roberto P. Ferreira (Careca), com o Ronaldo Moretti, Renato Fregonezzi, Chiquinho Peres, Jurandir Sebastião, Roberval e o Grillo, entre outros.
 
Passado algum tempo, fui nomeado por Benedito Silva, velho tenista e organizador do esporte, para dirigir o Departamento de Tênis do clube, ocasião em que tive a oportunidade de fazer a integração de várias cidades da região com torneios regionais, incluindo a participação no Campeonato Mineiro, jogando com nossa equipe no Minas Tênis Clube de Belo Horizonte e no Praia Clube de Uberlândia, e conseguindo tempos depois, juntamente com a Secretaria Municipal de Esportes, trazer para Poços de Caldas uma das fases da Copa Itaú de Tênis.
 
Com o passar dos anos, e com a chegada da Melhor Idade, começaram a surgir os problemas físicos, comprometendo os ombros, braços e pernas. Afastei-me, então, provisoriamente das quadras.
 
Cheguei a jogar na A. A. Caldense, quando ali foram inauguradas as primeiras quadras. E nelas realizei-me, como um modesto jogador. Aficionado por esse esporte, participei de alguns jogos pela Copa Mineira de Tênis. E terminei meus sonhos de tenista numa tarde ensolarada de novembro ao ser designado pela Comissão Organizadora como árbitro da partida final entre os tenistas das duas cidades mineiras. Uma partida que teve a duração de quase três horas, sob o sol escaldante da bela cidade do Triângulo Mineiro.

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