Depois de ter-me submetido a duas cirurgias bem-sucedidas meses atrás, voltei para casa com menos dez quilos do meu peso normal. Para muitos amigos, a redução de uma proeminente barriga seria um sonho acalentado. Mas não para mim, que já era um magrela charmoso, apesar da idade avançada.
Bruna, uma excelente nutricionista, passou-me um Plano Alimentar para voltar aos meus 60 e poucos quilos ideais que sempre mantive. E após dois meses, ao retornar à consulta, ela ficou surpresa ao ver que eu estava além do peso que ela havia projetado. Foi quando disse-lhe que eu também estava ingerindo, além do recomendado, uma “gororoba” diária que havia criado por minha conta.
Mais uma vez surpresa, ela perguntou-me o que era, e como era feita essa “coisa” com um nome tão estranho. E mais surpreso fiquei, ao ver que naquele momento a palavra gororoba havia surgido em minha boca, pela primeira vez.
Como havia lido no passado obras literárias vividas em lugares inóspitos, conclui que minha imaginação teria buscado esse vocábulo nessas paragens ermas de nossas roças e fazendas, como também, talvez na literatura moderna, que conta as mazelas sociais vividas por favelados, que misturam restos de comida e qualquer coisa comestível para engrossarem o volume delas afim de sobreviverem à fome.
A minha “gororoba”, evidentemente, foi por mim projetada à base do composto lácteo com vitaminas e proteínas conhecido como Nutren Senior, acrescida de farelo de aveia, linhaça, maizena, chocolate em pó, mel e própolis. Tudo isso misturado em meio copo de água. E esta tem que ser fervida, acrescida de duas colheres bem cheias de leite em pó NINHO.
E depois, é só colocar goela abaixo. Simplesmente gostosa! E o resultado aparece, com certeza, depois de dois ou três meses, quando você sobe em cima de uma balança e fica feliz da vida. O ponteiro vai lá pra cima!
