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20/04/2023 às 15h41min - Atualizada em 20/04/2023 às 15h41min

Nasci no mês de julho. E sou do signo de Leão

Por Odair Camillo - Jornalista
Figura meramente ilustrativa - Reprodução Google
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Só na minha adolescência minha mãe contou-me que eu nasci por volta do meio-dia, pelas mãos da Dona Isaura, uma parteira já idosa, a única na vila, que sabia muito dessas coisas. Ela foi auxiliada pela minha avó Amélia, que também já estava acostumada, pois ela já participara desse trabalho em sua própria casa quando do nascimento de seus quatro netos.
 
Na época, não havia outra opção. Ou se resolvia o problema em casa, ou a parturiente teria que ser levada para outra cidade. E a mais próxima ficava há 20 quilômetros dali, e o transporte era difícil. No final, tudo deu certo! E eu estou aqui para contar um pouco de minha história.
 
Sinceramente, eu sempre gostei da data que vim ao mundo, já que faz parte do signo de Leão. E nestes anos de vida, pesquisei sobre minha origem, e aprendi que muitos dos leoninos são, na maioria das vezes, pessoas com muito otimismo. Acreditam sempre na possibilidade de boa convivência e do retorno das coisas que fazem.
 
Também descobri que possuem muita autoconfiança, que inclusive, quando agregada ao seu entusiasmo e otimismo, acaba por torná-los totalmente regenerativos, ou seja, não ficam muito tempo em sofrimento. Em alguns casos, percebi que nem sempre é assim. Há quase dois anos que sofro pela ausência de Lurdinha, minha esposa, que já se foi...
 
Quanto ao local de nascimento, sempre gostei do lugar onde nasci, Paranapiacaba, uma vila inglesa habitada por engenheiros e funcionários da São Paulo Railway, uma companhia que havia se estabelecido no vilarejo no começo do século 19, para construir todo o processo do Sistema Funicular para que os trens vindos de São Paulo e do interior, transpusessem a Serra do Mar, ligando o planalto ao litoral, e vice-versa.
 
Um sistema ferroviário que viabilizou a expansão da produção agrícola no interior e o rápido transporte de passageiros e cargas. Lembro-me também de caminhar pelo acostamento ao lado da ferrovia, o trajeto feito sobre uma passarela estreita, pavimentada de piche, levando a marmita de dois pratos para meu pai, que juntamente com outros funcionários da ferrovia, almoçavam num pequeno galpão, em Piaçaguera, próximo à nossa casa.
 
Do livro em preparação “O Menino de Paranapiacaba”

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