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20/03/2023 às 15h24min - Atualizada em 20/03/2023 às 15h24min

Bahianando

Jornalista, publicitário, escritor e professor universitário
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Figura meramente ilustrativa - Reprodução Google
C 
Você já foi à Bahia? Não? Então fui. Pega a visão.
Cheguei meio abestalhado e no local onde fiquei, no litoral norte, na praia de Imbassai (que eu embaço aqui), o calor de 35 graus, mesmo debaixo das sombras dos coqueirais, deixou-me azuado.
Verdadeiramente, na maior parte da manhã, olhava as ondas do mar, e, castelando, dava doce e comia água e, quando em vez, paletava. À tarde, descambixado, ficava de prega e tirava uma soneca.
 
Em meio ao paraíso, apenas uma coisa me deixou retado, virado no estopô, Oxente!
Dirigindo pela Rodovia do Coco para chegar até a Praia do Forte, vi muitos motoristas, com o perdão da palavra, fazendo “baianada” e, virado do cão, quase gritei:
- Ô seu cabrunco! Filhote de xibrum! Ronca e fuça!
Mas, com o baianidade já entronizada nas veias, acabei por acreditar que estava tudo niuma. 
Sobre a eterna pergunta "o que é que a baiana tem?", a resposta vai ficar na cocó.
 
Bem, finalizando esse breve roteiro de viagem, posso dizer, sem medo de errar, que na Bahia, me senti como o Jorge:  amado, pelo tratamento que recebi na terra onde não existe baixo astral, nem cara de carranca, não tem caô, ninguém aperta a sua mente e onde a vida parece um eterno reggae.
Por tudo, confesso ter sido difícil abrir o gás, pois, a Bahia é barril dobrado!
Axé!
 





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