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01/03/2023 às 15h53min - Atualizada em 01/03/2023 às 15h53min

Como o choro de Walace Lara, eu também tornei-me um chorão

Por Odair Camillo - Jornalista
Muito oportuno o texto do amigo, escritor e professor universitário Wiliam de Oliveira postado nesta segunda-feira, no Portal Brand-News, quando retrata o choro do jornalista da Globo, Walace Lara, nosso colega e amigo, ao reportar a tragédia no litoral norte de São Paulo.
 
Não só Walace, como qualquer outro certamente ficaria indignado e chegaria às lágrimas ao ver pessoas inescrupulosas, em meio ao sofrimento do outro, vendendo água por R$ 93 o litro.
 
É também motivo para chorar ao saber que um número absurdo de ministros, deputados e políticos recebem por seu “trabalho”, muito além do que realmente merecem, entre tantas mordomias e penduricalhos.
 
É realmente momento de chorar ao ver uma criança pedindo esmola na rua, um dependente químico no farol atrás de drogas, e todas as incontáveis mazelas sociais presenciadas por todos nós.
 
Assemelhando-se ao Walace Lara, eu também transformei-me num chorão. E meu choro está cada vez mais alto e forte, principalmente depois que perdi minha companheira e abdiquei de quase tudo. Agora, cismei que devo mudar o mundo, transformá-lo num lugar de paz e confraternização. Coisa de louco...
 
Choro para descobrir uma fórmula para acabar com as guerras, envolver e convencer os briguentos, gananciosos e covardes, que nunca se apresentam à frente da batalha, escondendo-se blindados, em seus poderosos bunkers. 
 
Cada vez estou mais indignado ao presenciar a luta por um poder que não chega a nada e que destrói quase tudo. Edifícios históricos, igrejas suntuosas, hospitais beneficentes, escolas tradicionais são destruídos por mísseis poderosos. Mas o pior acontece quando crianças, adultos e idosos são dizimados. Uma guerra de destruição, própria de seres desumanos.
 
Nos meus devaneios, e na minha infantilidade utópica, sonho num lugar inóspito, longe da civilização, quase inatingível pelo ser humano, onde numa grande arena, como nos antigos coliseus, os litigantes se encontrassem e, contrariando seus superiores, reconhecendo a bobagem que fariam, livram-se das armas e se abraçam, como verdadeiros amigos.
 
Mais uma vez acordo assustado, e choro aliviado. Penso acreditar que meu sonho tornou-se realidade...
 
 

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