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18/01/2023 às 13h30min - Atualizada em 18/01/2023 às 13h30min

Poços de Caldas, uma cidade que não aprendeu a voar...

Por Odair Camillo - Jornalista
Foto: Reprodução Google
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Sempre tive uma grande atração pelos aviões. Também acredito que a grande maioria das pessoas sente-se atraída pelas aeronaves que cortam os espaços aéreos.

As primeiras imagens desses pássaros voadores ficaram registradas em minha mente, quando surgiram os filmes de guerra que assistia aos domingos no Cine Theatro Polytheama, que ficava ao lado do atual prédio da Prefeitura de Poços de Caldas.
 
Com o passar do tempo, uma coisa que me marcou profundamente era a elegância e a postura dos pilotos e das aeromoças, hoje chamadas de comissárias de bordo. Na época, Poços de Caldas era servida por empresas aéreas que a ligavam a São Paulo, ao Rio de Janeiro e a Belo Horizonte. Bons e saudosos tempos...
 
Os voos da Panair chegavam ao aeroporto local trazendo muitos turistas que aqui aportavam, não só em busca do tratamento pelas águas termais, como também para jogar a sorte nos vários cassinos que funcionavam livremente. Outras companhias também chegaram a operar regularmente, inclusiva a TAM.
 
Certa vez - mas já sabendo de antemão a resposta negativa - disse a meus pais que gostaria de ser piloto de avião. A reação deles foi imediata e a mais enfática possível: “Você tá ficando louco. Nem pensar...’’ Naquela época, nossos pais influenciavam e praticamente decidiam na escolha de nossa profissão, e a de piloto era tida como “muito bonita, mas perigosa”.
 
Após essa frustração, somente depois de casado tive a oportunidade de voar num “teco-teco”, ou “paulistinha”, como eram conhecidos os pequenos aviões utilizados no Aeroclube de Poços de Caldas, na instrução dos candidatos a tirarem o brevê e se tornarem pilotos profissionais.
 
O primeiro voo panorâmico sobre a cidade foi fantástico. O teco-teco percorreu rapidamente a pista ondulada e curta, e decolou. Já lá em cima, em dado momento, tive a sensação de que seu único motor poderia parar. Mas logo afastei essa ideia, e comecei a curtir a beleza de Poços de Caldas vista das alturas. Simplesmente maravilhosa! Mas ela, infelizmente, não aprendeu a voar...

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