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03/01/2023 às 15h15min - Atualizada em 03/01/2023 às 15h15min

Um Réveillon de encontros e lembranças

Continuação

Por Odair Camillo
C 
As comemorações de Natal foram sempre realizadas em nossa casa, reunindo quando possível, toda a família. Quanto ao Réveillon, participávamos com os amigos, reunidos em restaurantes ou casas de shows. Os mais íntimos, faziam questão de nos receber em seus lares. Convites amáveis e sinceros que procurávamos cumprir da melhor forma possível. Lurdinha costumava dizer: “Temos que dar pelo menos uma passadinha na casa de fulana...”  E a noite era uma maratona de visitas que se iniciava por volta das 21h e terminava ao amanhecer.
 
Passaram-se os anos, e descobrimos que a vida é mutante e imprevisível. Planos que hoje são exequíveis, amanhã não mais o são. E a vida vai se transformando sem que percebamos. Fica tudo na saudade! 
 
Este ano, após a ceia e a celebração da virada do ano no Ollivia Gastronomia, nosso endereço para “la grande finale” foi a residência de Lauro Silva, grande amigo que infalivelmente, embora residindo no exterior, reúne em Poços de Caldas todos os anos seus melhores amigos para a tradicional festa universal.
 
E para lá fomos. Ao adentrarmos a bonita residência, ao som gostoso de músicas selecionadas por um DJ, fomos recebidos por Lauro e Patrick Cosgrove, e cumprimentados pelos inúmeros amigos que lá se encontravam.
 
No barzinho da casa, os barmen preparavam os coquetéis e serviam os destilados. Sentei-me à frente dele, não para beber, mas para melhor apreciar o movimento, degustando um espumante, no ponto. Vários amigos acercaram-se de mim para cumprimentar-me, e rememorar momentos de tempos passados. 
 
A presença do amigo Arnaldo Curimbaba, sempre alegre e dinâmico, foi a surpresa para mim, pois há muito tempo não o encontrava. Ao revê-lo, imediatamente viajei no tempo. Estava ali, na minha frente um dos melhores amigos, companheiro de viagem e de noitadas agradáveis vividos com nossas esposas na década de 70. Rimos muito de uma viagem que fizemos ao Rio de Janeiro num velho Corcel. Ficamos alojados no apartamento de sua família em Copacabana e, na mesma noite que chegamos, cansados da viagem, decidimos ir ao Canecão, famosa casa de shows na época, para assistirmos à apresentação de Gal Costa.
Fomos, mas não deu certo. Depois de alguns minutos do início do show, todos nós, um por um, rendemo-nos ao sono, e dormimos debruçados sobre a mesa, acordando quando o espetáculo acabou.
 
Também rememoramos nossas noitadas etílicas e dançantes com as esposas no Mug House, famosa boate localizada no Bortolan. O problema estava na volta, madrugada escura e nebulosa pela proximidade com a represa, quando não conseguíamos encontrar o buraquinho na porta do carro para abri-la. Naqueles bons tempos, não havia o controle remoto na chave dos veículos.
 
E as nossas lembranças sucederam-se por algum tempo, até que ele, após alguns drinks, voltou à pista de dança. E dançou como um jovem, curtindo a alegria daquele momento. Vez por outra, tentou arrastar-me para a pista. E por um instante, ele conseguiu. Desconcertado, ensaiei alguns passos a seu lado e de sua esposa. Mas logo desisti.
 
Voltei ao lugar onde estava. E conclui que naquele momento faltava alguma coisa muito preciosa e necessária. Faltava a presença de minha Lurdinha.
 

 
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