19/12/2022 às 15h43min - Atualizada em 19/12/2022 às 15h43min
Então, é Natal?
Jornalista, publicitário, escritor e professor universitário
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Figura meramente ilustrativa - Reprodução Google c
Talvez você também se lembre.
Nesse período que antecede o Natal, as casas, das mais simples às mais luxuosas, tinham as suas fachadas, janelas e as portas enfeitadas, quer fosse uma guirlanda, um Papai Noel, uma luzinha piscando.
Já não estou falando nem daquele cartão que chegava via correio de alguém que, mesmo distante, nos enviava seu amor e carinho, substituídos agora mecanicamente pelas mensagens digitais.
Naquele tempo ficávamos encantados com a Magia do Natal e a alegria se fazia presente também no interior das casas com aquele pinheiro cheio de bolas coloridas e caixas de presentes, além, é claro, do presépio montado pela família, nos recordando o nascimento do Menino Deus.
De uns anos para cá, o Natal tem ficado cada vez mais triste, talvez reflexo recente da pandemia ou mesmo da crise financeira e emocional que atinge as pessoas no mundo inteiro.
Embora Poços de Caldas esteja lindamente enfeitada em suas praças e ruas, e, as lojas continuem enxergando a data como a possibilidade maior de vendas, os enfeites fazem falta no coração da gente.
Precisamos muito de luzes, nesses tempos de sombra.
Necessitamos do Papai Noel a nos remeter aos presentes e a benção do Papai do Céu.
Carecemos dos sorrisos das crianças em um mundo tão adulto.
Estamos carentes de enfeites externos para deixar, quem sabe, mais colorido e mais iluminado o nosso interior.
Me lembrei daquela canção natalina: “eu pensei que todo mundo fosse filho de Papai Noel...”.
Não sei, mas parece que ficamos, como dizem os jovens, "meio que" órfãos.
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