05/12/2022 às 13h35min - Atualizada em 05/12/2022 às 13h35min
Selecionados para a vida
Jornalista, publicitário, escritor e professor universitário
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Figura meramente ilustrativa - Reprodução Google c
A nossa vida é parecida com o futebol.
Quando crianças, somos “dentes de leite” e, ao entrarmos em campo, recebemos as orientações dos nossos técnicos (pais e professores) para nos auxiliar a entender o jogo da vida, desde as categorias de base até o profissional.
Passamos, ao longo do tempo, por muitas “peneiras” buscando um lugar no time dos vencedores. A bola está com a gente e o campeonato da existência vai ficando mais difícil, pois, temos que driblar muitos adversários (desemprego, conflitos de relacionamento, problemas de saúde...) e, muitas vezes, já não temos os nossos técnicos a nos dizer qual a melhor tática.
Recebemos muitos cartões vermelhos de muitos juízes e os nossos amigos que jogam no nosso time, buscam minimizar as jogadas desleais que sofremos, com os cartões verdes da esperança.
Acaba o primeiro tempo e, na melhor das hipóteses, parece que o jogo está empatado e temos que nos preparar para o segundo tempo.
Contudo, embora geralmente estejamos mais sábios, o corpo já está cansado para tantas disputas. Passamos a não entrar mais em bola dividida, a não aceitar firulas de cartolas, a não querer disputar campeonatos com o objetivo apenas de erguer a taça.
Já não achamos tão importante ser o artilheiro, nem o craque da competição, porque, verdadeiramente, já não queremos mais competir.
Aliás, entendemos enfim, que independente do placar, o nosso maior adversário sempre foi a gente mesmo.
Sobretudo, no tempo final da partida, passamos a valorizar cada minuto, na consciência de que a vida, pode até ter prorrogação, mas precisamos fazer o melhor de nós, enquanto ainda estamos sendo escalados para jogar no time dos humanos nos campos da (de) Terra.
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