Pelo fato de eu e Lurdinha conhecermos um pouco da língua alemã, acabamos priorizando nossas viagens pelas belas cidades do país de Goethe e Beethoven. Entre elas, fomos convidados a visitar Baden-Baden, localizada às margens da Floresta Negra, conhecida pelas águas termais e pelo seu exuberante cassino que foi frequentado por Dostoiévski, Marlene Dietrich, Kirk Douglas e, atualmente, pelos príncipes dos Emirados Árabes.
Desta vez também chegamos um dia antes do previsto e reservado pelos nossos anfitriões do Departamento de Turismo & Marketing da cidade, e como naquela semana acontecia um grande evento e não havia nos hotéis um quarto sequer disponível, tivemos que pernoitar na cidade vizinha de Rastatt, distante dez minutos de trem, onde naquela época era produzido o automóvel Classe A, da Mercedes Benz.
Fomos recebidos em Baden-Baden por Peter Sauer, que nos ciceroneou pela cidade e nos levou primeiramente ao Caracalla Therme onde, sob um enorme salão e uma cúpula envidraçada corre um rio formando piscinas a uma temperatura que pode atingir entre 56º C e 69º C. Ao lado há também outra Termas, a Friedrichsbad, onde as mulheres ficam em uma área e os homens em outra, mas completamente nus. Preferimos nos banhar no Caracalla.
Logo após o almoço, após percorrermos outras atrações da cidade, fomos conhecer o Casino Baden-Baden, o mais antigo da Alemanha e considerado por muitos como o “mais bonito do mundo”. O cassino funciona dentro da imponente Kurhaus - e que, na época, apesar de ter entrada gratuita, exigia um “dress code” com itens que a maioria de nós não costuma levar em uma viagem. Não tivemos dificuldade em ingressarmos no cassino, uma vez que estávamos acompanhados pela autoridade de Turismo da bela cidade.
Já em seu interior, eu e Lurdinha nos surpreendemos com sua beleza, mais ainda ao ver que numa Roleta, alguns príncipes, em trajes típicos, apostavam quantias superiores a um milhão de dólares. Pensei seriamente em participar do jogo rsrsrs, já que sou vidrado num cassino e já ganhei em alguns deles. Porém, naquele momento, lembrei-me que havia deixado meu passaporte e o cartão de crédito no cofre do hotel...