Foto da Praça Pedro Sanches: Acervo fotográfico Prefeitura de Poços de Caldas
C Poucas cidades de nossa Minas Gerais tiveram a honra e a felicidade de terem sido berço, ou de terem acolhido pessoas que marcaram época, destacando-se pela inteligência, pelo trabalho e por suas qualidades morais e cívicas, realizando importantes obras, ou prestando relevantes serviços, sem qualquer interesse. Já escrevi pelas páginas do Jornal Brand-News sobre algumas delas, pessoas simples e despojadas, outras ricas e notórias, mas que sem dúvida mereceram ser reconhecidas pela nossa comunidade. Mas uma, em especial, não que tivesse sido relegada, e somente agora tenha sido lembrada, merecidamente deve integrar essa lista valorosa.
Refiro-me a Roberto Tereziano (foto), um ser humano que pela sua humildade, educação e simplicidade, procurou sempre se esconder das homenagens a que tem direito, julgando-se menos importante que os demais. Pelo contrário. Desde cedo foi aquele menino solícito e autêntico que conheci - que nas horas vagas brincava com meus filhos nos corredores do SOS - Serviço de Obras Sociais, e que fazia a interação entre o Dr. Jurandir Ferreira e Dona Elza Monteiro Ferreira com meu sogro Pedro de Melo Vasconcellos, na condução da entidade assistencial.
Pretendo mostrar não a sua simples e bela biografia, mas ater-me unicamente à sua sabedoria, ao seu conhecimento, à memória de nossa história, a história de Poços de Caldas, que este ano completa 150 anos.
Solicitei a ele que me enviasse para publicação, fotos e fatos interessantes sobre o footing na Praça Pedro Sanches, a famosa paquera dos anos 60, que fui na época um dos habitués nos finais de semana, e onde tive a felicidade de conhecer e apaixonar-me pela ainda garota Lurdinha, que tornou-se mais tarde a mãe de meus filhos e avó de meus netos e bisnetos.
Pretendo resgatar, com a ajuda de Tereziano, aquele importante momento de minha vida, e de tantos outros que participaram da mesma época, localizando os lugares - lojas, bares, livrarias, cassinos e hotéis - ao longo da praça Pedro Sanches, bem como de seus proprietários, numa cidade, que fervilhava com a presença de visitantes de várias partes do país, atraídos pelos cassinos.
Na segunda-feira (05), voltarei ao tema. Aguardem!