15/08/2022 às 15h02min - Atualizada em 15/08/2022 às 15h02min
Fessor
Jornalista, publicitário, escritor e professor universitário
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Figura meramente ilustrativa - Reprodução Google b
Vivendo o universo das mutações constantes, não só dos avanços da tecnologia que cada vez nos impõe mais conhecimento, mas, principalmente, nos exige mais discernimento para acompanhar as mudanças céleres nos hábitos e comportamentos sociais, cabe recordar da enorme responsabilidade de ser professor ou professora nos tempos atuais.
Quer seja acompanhando os primeiros passos em uma creche, quer seja em escolas públicas ou privadas, ocupando classes na educação básica ou nas instituições de ensino superior, é essencial valorizar cada vez mais aquele que carrega a missão de ser bússola em meio a tantos descaminhos.
Aquele que busca iluminar, quando parece não haver mais luz no final do túnel. Que faz da sua missão de ser professor ou professora, um gesto de carinho e acolhimento a todos que o procuram.
Sem a pretensão de indicar diretrizes para tão importante missão e sim, no intuito de contribuir com a reflexão, e, após muitas lições apreendidas, seguem algumas linhas do que é para mim, ser um (bom) professor. Assim:
- Professor não é somente aquele que ensina o que sabe;
E sim, aquele que busca aprender cada vez mais sobre aquilo que ensina.
- Professor não é somente aquele que indica os caminhos a seguir;
E sim, aquele que possibilita o caminhar lado a lado com o aluno.
- Não é somente aquele que respeita os alunos.
E sim, aquele que não desrespeita seus pares e colaboradores na instituição onde trabalha;
- Não é aquele que reconhece no outro a dificuldade de aprendizagem.
E sim, aquele que reflete sempre sobre a sua dificuldade de “ensinagem”.
- Não é somente aquele que critica os problemas enfrentados em sua missão pedagógica;
E sim, aquele que contribui com soluções para a melhoria na qualidade de ensino.
- Professor não é somente aquele que participa de passeatas por melhores condições salariais;
E sim, aquele que luta verdadeiramente para ser digno do salário melhor que reivindica;
Vale refletir.
Se o Brasil deseja verdadeiramente investir em educação, não bastam novos prédios e tecnologia. É necessário preparar, qualificar e valorizar aqueles que dão vida ao concreto e humanização aos equipamentos.
Por outro lado, nesta dialética pedagógica, cabe a cada professor não se acomodar com o que sabe e com o que já alcançou, mas sim, se incomodar com tudo o que o afasta de ser verdadeiramente um ponto de exclamação e celebração da vida, em um universo de inúmeros pontos de interrogação e incontáveis e precoces pontos finais.
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