18/07/2022 às 15h03min - Atualizada em 18/07/2022 às 15h03min
Normal
Jornalista, publicitário, escritor e professor universitário
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Figura meramente ilustrativa - Reprodução Google c
Tudo parece normal.
O céu está azul e o sol de julho aquece nossos corpos tão frios.
O cachorro late.
Os pássaros recolhem as migalhas de pão no jardim.
Um menino passa de bicicleta.
Pessoas vão ao supermercado fazer compras e nas ruas, os carros trafegam com pressa na pressão de recuperar o tempo que passou.
A mãe passeia com o filho no carrinho.
A noite chega e com ela, a lua é a mesma de milênios.
Tudo parece normal.
Contudo, há ainda certo desconforto no ar, muitas gavetas ainda estão à espera de serem arrumadas e o descompasso entre o ontem e o hoje ronda a maioria das casas.
As máscaras teimam em cobrir as faces e os ponteiros do relógio desvendam o tempo.
Tic. Tac.
“Ainda vai levar um tempo para fechar o que feriu por dentro”.
Contudo, tudo parece normal.
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