FOTO: Arquivo - Site Prefeitura de Poços de Caldas
C Muito podem dizer “pobres charreteiros”. Falemos dos cavalos. Acompanham o homem por milhares de anos no trabalho diário, na produção de alimentos, além de locomoção e transporte, e nas guerras. Aos poucos foram reduzidas suas atividades na lida diária em função das máquinas e continuam hoje nos esportes e no turismo pelo mundo civilizado. Aqui, os protetores de animais resolveram que eles sofrem, são mal tratados etc. e devem descansar. Só que estes que pensam assim nunca saíram do Brasil, quem sabe, para ver charretes e tilburis conduzindo turistas e servindo de renda para seus cuidadores.
Só que os pretensos protetores, dos cavalos, mal sabem o que poderá acontecer com eles. Serão vendidos a baixo preço para fazendeiros e sitiantes para puxar carroças de silagem, de adubos e produtos o dia todo. Provavelmente não verão ração nem serão calcados com ferraduras próprias para a proteção de seus cascos. Em pouco tempo vão decair e morrer. Isto é proteção? Hoje, são cuidados, recebem rações, água fresca, e estão com as patas protegidas. Ah e estão todos gordos. Pobreza de ideias, pois, que chegam aos charreteiros. Vão perder seus ganhos e terão que se virar, a maioria com mais de 50 anos. Mas os protetores ficarão felizes. E quem os apoiam na administração atual, também. Quem sabe se as charretes vão ser substituídas pelos tuc tucs, barulhentos, poluidores e pouco estéticos, coisa de países pobres onde servem para tudo, menos para servir a turistas.
Afinal, turistas? Vão desaparecendo. A cidade se industrializa, não tem nem terá condições de abrigar a parcela mais rica de participantes de convenções, conferências nacionais ou até internacionais, já que não temos local para atender o setor. Além disto, o que nos resta é ver turistas de finais de semana para usarem as poucas opções que lhes restam.