04/07/2022 às 16h05min - Atualizada em 04/07/2022 às 16h05min
Sexogenário
Jornalista, publicitário, escritor e professor universitário
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Figura meramente ilustrativa - Reprodução Google c
Naquele tempo, acreditávamos ser o “pai da matéria” e Química e Biologia eram nossas disciplinas favoritas e os corpos eram tubos de ensaio em pontos de fusão e ebulição nos laboratórios noturnos das nossas tabelas periódicas nos finais de semana.
Éramos cabeças, troncos e membros a agitar bares e boates.
A vida seguia a matemática tradicional: um + uma era igual a um sobre uma, ou uma sobre um, dividido por dois, tomando certo cuidado para que na geometria espacial não houvesse um desvio padrão e o resultado fosse o três.
Mas, com o tempo, a História muda, a Geografia altera as Estações e nossas fontes de energia e a Língua Portuguesa chega no imperativo e modifica nossos verbos de ligação.
Precisamos de novos conectivos e os corpos necessitam entrar em concordância antes de qualquer frase.
A Filosofia invade nossa existência, o nosso cotidiano é uma Caixa de Pandora, o amor é platônico e ficamos a refletir sobre nossa alma gêmea.
Reconhecemo-nos como aprendizes e o nosso mundo interior é nosso principal objeto de estudo.
O dia agora já não invade a noite e pede licença, quando em vez, para entrar na madrugada. *O Brand-News não se responsabiliza por artigos assinados por nossos colaboradores
