Radicada no Porto, após residir em Poços de Caldas, ela aproveita sua visibilidade para multiplicar ações sociais
Maria Amélia Baptista, 27 anos, se prepara para representar Portugal no Miss Mundo 2025. O concurso acontece de 7 a 31 de maio, no estado de Telangana, na Índia. Natural do Rio de Janeiro e criada em Poços de Caldas (MG), reside há três anos no Porto, onde atua no ramo imobiliário e desenvolve projetos sociais. Com nacionalidade portuguesa por herança familiar, sempre esteve às voltas com concursos de beleza, já tendo conquistado os títulos de Miss Poços de Caldas, Miss Pouso Alegre e Miss Minas Gerais Turismo.
Incentivada pelo irmão, Thiago Antonio, que organizou diversos concursos de beleza no Brasil, Maria Amélia é Miss Portuguesa da franquia Miss Mundo. Ela explica que há mais de um concurso com o nome Miss Portugal, cada um vinculado a uma franquia internacional diferente. “No meu caso, além do título principal, também venci a etapa Beleza com Propósito, que é um pilar muito importante dentro do Miss Mundo”, conta.
A causa que a levará à Índia está centrada na crise dos refugiados e imigrantes, com ênfase na saúde e no acesso a direitos básicos. “Hoje, muitas pessoas são forçadas a fugir dos seus países por questões climáticas, políticas ou de guerra. Chegam em condições precárias, sem acesso nem à água potável. É urgente ampliar a consciência sobre isso”, defende. Maria Amélia é parceira de divulgação da Acnur Portugal, agência da ONU para os refugiados, e usa as redes sociais para informar os seguidores - muitos deles no Brasil - sobre o impacto das migrações e a importância da solidariedade.
Graduada em Direito e administradora de imóveis, ex-atleta de handbol e vôlei, Maria Amélia já foi apresentadora de TV, e diz que representar os seus ascendentes que imigraram de Portugal para o Brasil, é uma forma de resgatar a história, cultura e tradições portuguesas que lhe são profundamente enraizadas.
Ela aproveita sua visibilidade para multiplicar ações sociais. No Porto, além de distribuir alimentos e roupas, concentra-se na saúde das mulheres imigrantes. “Muitas não têm acesso sequer a itens básicos de higiene menstrual”, diz. “Assim, também divulgo informações sobre exames gratuitos para doenças como a tuberculose. Muita gente chega a Portugal já infectada, e é importante que saibam onde procurar ajuda”, conclui.
