Na data de hoje, 28 de fevereiro, Lurdinha, minha esposa, comemoraria seu 83º aniversário com muita alegria ao lado de sua família, e com toda pompa e circunstância exigida para um grande acontecimento com os amigos e convidados especiais.
Acostumada a frequentar os mais requintados eventos nos seus 50 anos de colunismo social do Jornal Brand-News, ela aprimorou-se na ética e nos bons costumes de uma sociedade exigente. No entanto, na simplicidade de sua formação cívica e cultural, adaptava-se aos mais simples e modestos dos quais participava normalmente. Sua presença era suficiente para todos agradar.
Assim viveu essa fabulosa mulher com quem convivi por mais de 60 anos, cuja saudosa lembrança vem-me à mente neste exato momento. Um momento ainda muito triste da minha vida.
Neste Carnaval, não mais ouvirei o toque do interfone anunciando a entrega de ramalhetes de flores que recebia. Não mais estarei a seu lado, juntinhos, ajudando-a nos preparativos para a “grande noite”, que sempre acontecia. A tão esperada tarde-noite que tanto lhe fazia feliz.
Ela se foi há quase 4 anos. Partiu sem reclamar, levada pelos seus anjos queridos para comemorar hoje, seus 83 anos no céu. E eu, sozinho e triste, preparando-me agora para assistir à missa vespertina em sua memória, e rezar por ela.