A Teoria U, de C. Otto Scharmer, propõe um caminho transformador para enfrentar os desafios complexos das organizações. Ela nos convida a descer em um mergulho profundo de observação e reconexão, antes de subir novamente para agir de forma consciente e renovada. É uma jornada que passa por suspender julgamentos, redirecionar a atenção, deixar ir o velho, conectar-se com o propósito, permitir que o novo emerja e, finalmente, incorporar mudanças na prática.
Ele também pode ser aplicado para reflexões de ordem pessoal, como exemplificado na imagem abaixo.
Um exemplo prático para organizações: planejar um novo projeto
Imagine que uma equipe precisa criar um novo projeto, mas não sabe por onde começar. Aplicar a Teoria U nesse contexto pode ser surpreendentemente simples:
1-Suspender: Antes de sair gerando ideias ou debatendo soluções, todos param para observar. "Qual é o real problema que queremos resolver?". Aqui, o foco está em explorar as necessidades sem pressa de decidir.
2- Redirecionar: A equipe ouve diferentes pontos de vista, conectando-se com as demandas do cliente, do mercado ou dos usuários. É o momento de se colocar no lugar dos outros e sentir o sistema como um todo.
3- Deixar Ir e Conectar-se: Para dar espaço ao novo, o grupo precisa abandonar certezas antigas e se conectar com o propósito maior do projeto: “O que queremos criar juntos que realmente faça sentido?”.
4- Deixar Vir: Surge o momento de brainstorming, mas sem julgamentos. As ideias fluem livremente e começam a revelar um novo caminho.
5- Colocar em Prática: Escolhe-se uma ideia inicial para prototipar - um esboço, um teste simples ou um MVP (produto mínimo viável). É hora de experimentar sem medo de errar.
6- Incorporar: Após testar e ajustar o protótipo, o projeto ganha corpo e começa a se integrar ao dia a dia da organização.
O segredo está em desacelerar para perceber melhor e agir com intenção clara.
LEITURA RECOMENDADA - Explore o livro “Teoria U”, de C. Otto Scharmer, para entender como você pode levar essa jornada à sua prática diária. Afinal, liderar no século XXI exige mais do que eficiência: exige presença e coragem para cocriar o futuro. Até a próxima.
