23/12/2024 às 13h37min - Atualizada em 23/12/2024 às 13h37min

Lembranças de meus presentes natalinos

Por Odair Camillo - Jornalista
Foto: Reprodução Google

 
Lembro-me quase nada dos festejos natalinos que aconteceram até os sete anos de idade. E nem poderia, uma vez que seria praticamente impossível cobrar de meu cansado cérebro com 86 anos, façanha tão importante.
No entanto, a partir dessa idade, alguns deles sobreviveram em minha mente, não pela importância dos presentes que o “velhinho” presenteou-me, mas pelo que aconteceu dias após quando deles os utilizava.
 
Quando foi lançado no mercado natalino o “velotrol”, espécie de velocípede de plástico de rodas enormes, o velhinho deu-me um, que no dia seguinte meu pai o devolveu à loja pelo fato de que as rodas se desmancharam em pedaços ao rodarem pela calçada. E Noel não teve culpa. Falha inadmissível do produto que logo a fábrica corrigiu, e enviou-me outro.
 
Lembro-me do patinete, surgido na época, movido a puxadas com o pé esquerdo, freio de contato pressionando um dispositivo de ferro na roda traseira, bem diferente dos elétricos de hoje que vemos pelas ruas e calçadas. Era muito gostoso, mas por algumas vezes traumatizantes, pelos tombos que levava.
 
A primeira bicicleta, uma Philips inglesa, preta, aro 26, ganhei em sociedade com meu irmão Dárcio. Um único presente de Natal para os dois filhos de Pierino e Lucinda. Praticamente impossível o Papai Noel trazer duas. Naquela época era considerada um dos presentes mais valiosos. Dava uma voltinha na rua, em seguida entregava para meu irmão. E assim mesmo, a gente se divertia.
 
Mas o que mais lamentei foi quando ganhei uma bola de capotão para jogar futebol com os amigos na rua Piauí. O caminhão de entregas da Mogiana, dias depois passou com os pneus traseiros sobre ela, e só ouvimos o estouro. Não teve conserto...
 
E ao chegar a adolescência, pensava seriamente em preparar-me para uma profissão. Pedi e ganhei uma enciclopédia, que acabou vislumbrando em mim o desejo de tornar-me professor, que somente tornou-se realidade após ter casado e constituído uma família.
 
Os tempos agora são outros. A maioria das crianças desde cedo passou a não mais acreditar no velhinho. Creio, no entanto, que Papai Noel existe. E ele está na cabeça e no sonho de qualquer um de nós!
 

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