Já parou para pensar sobre o significado da palavra educação? Eu parei um dia desses. Confesso que fiquei surpreso! Educar vem do latim Educare, que significa instruir, criar. A palavra é composta por ex (“fora”) e ducere (“guiar, conduzir, liderar”). Ou seja, educar trazia a ideia do “Conduzir para fora”. Outras fontes dizem “Extrair de dentro”. Se fôssemos dar uma missão à essa palavra, essa missão seria: “Preparar para o mundo”.
Ao observar o todo, estamos no caminho? Refletindo e vasculhando sobre isso que cheguei a outro conteúdo interessante…
Quando falamos de processos de aprendizagem, podemos atingir 5 níveis: .Nível da percepção: quando notamos a existência de algo (por meio dos sentidos ou da mente). Aqui, não há profundidade no conhecimento.
. Nível do processamento: quando ocorre certa “digestão” (boa ou ruim) sobre um conteúdo, vivência. Geralmente acontece quando relacionamos o que foi recebido (em forma de aula ou experiência) com nossos conhecimentos, valores de vida, fatos passados, etc.
. Nível da memória: quando registramos as informações na mente, tornando-as fixas e dando a oportunidade de lembrança após determinado tempo (curto, médio ou longo).
. Nível da compreensão: quando o conhecimento está “preso”, aprofundado, faz parte da inteligência da pessoa. Ultrapassa o nível da memorização e já chega no âmbito da qualificação genuína.
. Nível da consciência: está um passo acima do compreender. Aqui, o conhecimento atinge um nível de capacitação, já é próprio, da natureza do indivíduo, inerente a ele.
Ao lembrar de minhas experiências ao ser “educado”, percebi que, na maioria das situações, cheguei até o nível da memorização. Ir além deste ponto não era fácil. Quem não se lembra de uma experiência desse tipo (?): matéria chata, com aulas maçantes, alunos desinteressados…porém valia nota e, esta, compunha o boletim. Qual a saída? “Decoreba”. E, logo após poucas horas de “estudo”, íamos para prova e... Voilà! (lê-se vu a lá). Nota boa, mas conhecimento zero! Uma semana depois, se fizessem a mesma pergunta da avaliação, não saberíamos N-A-D-A! Faz sentido? Obs.: geralmente memória boa existe em máquinas.
Daí, nesta linha de confabular sobre a educação e sua essência, entrei em contato com uma frase que muito elucida os desafios desta bela palavra: Diga-me, e me esqueço. Mostre-me, e me lembro. Envolva-me, e compreendo.
ENVOLVA! Pois somente assim a arte do educar ultrapassa as barreiras de uma sala de aula ou de um escritório. O aprendizado vai além daquele momento de troca e invade a vida, forma valores, desenvolve habilidades e talentos únicos...desperta paixões!
Quando se trata de educação (na origem da palavra)… Misture instrução com descoberta, instigue com perguntas abertas, diversifique os meios e as atividades, proponha desafios reais! Vamos preparar pessoas para o mundo e ao mesmo tempo estar mais preparados para ele!
Finalizando, deixo aqui algumas reflexões, especialmente direcionadas às Lideranças: Qual o nível de envolvimento que você tem oferecido a sua equipe? Como você tem cuidado do processo de educação dos indivíduos e do coletivo que estão sob sua responsabilidade? O que sua equipe já compreende ou tem consciência sobre as principais entregas que devem ser feitas? O que ainda falta chegar neste nível (e sair da simples percepção, processamento ou memória)? Enquanto Liderança Facilitadora, como você vai transformar este cenário? Quem pode te apoiar nesta jornada? Afinal, educação não se faz só.
Todos nós, seres humanos, tivemos, estamos tendo e/ou teremos experiências que envolvam educação. Seja da ação mais básica até a mais complexa. Como estamos cuidando deste momento? Seja ele voltado para nós ou para fora? Como temos equilibrado momentos de autoconhecimento com construção coletiva?
À luz destas reflexões e todos conteúdos que abordamos na formação, espero que seu SER seja potencializado para sempre ESTAR na plenitude de nossa essência individual. Até a próxima!
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