01/07/2024 às 16h22min - Atualizada em 01/07/2024 às 16h22min
STF decide: não é crime portar maconha para uso pessoal
Jornalista, publicitário, escritor e professor universitário
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Foto: Reprodução Google
Baseado em fatos reais
4h20 da madruga. Em seu lifestyle, na cobertura, ouvindo a banda Grateful Dead, ele pegou o beque, o bagulho, o brau, a erva, uma mariajuana de cerca de 40 gramas enroladas em um blunt e depois de botar fogo na babilônia, de carburar, de dar um 2, um tapa na pantera usando o bong, chapou e veio a bad trip.
Você entendeu? Não? Bem, não importa.
O que importa é que, no Brasil, segundo recente decisão do Supremo Tribunal Federal, não será mais crime portar maconha para uso pessoal, que será considerado um ato ilícito administrativo, ou seja, a pessoa poderá ser punida com advertência sobre os efeitos das drogas e medida educativa de comparecimento a cursos. O uso de maconha em locais públicos, porém, continuará sendo proibido. Dias atrás, os ministros do STF definiram que devem ser qualificados como usuários quem portar até 40g ou seis plantas-fêmea de cannabis para uso próprio, sem que isso seja considerado tráfico de drogas, até que o Congresso nacional legisle sobre essa quantia.
Não tem como prever quais serão as consequências do ato, até porque ainda há muita fumaça na biqueira.
Na real, muita gente romanceia o uso da maconha em casa para consumo pessoal, que serviria para acalmar os nervos, viver na brisa, até pelo poder medicinal da cannabis. Tudo certo... ou não. Refletindo.
Se a pessoa não cultivar a verdinha em casa ou apartamento, em um grow, ela tem que comprar de alguém, mesmo que em pouca quantidade, alimentando a rede do tráfico, a violência, a marginalidade, a mortalidade precoce. Ou seja, fumar maconha, independente da quantidade, é ser cliente/consumidor do traficante, mantendo a cadeia produtiva e, até por isso, muita gente faz vista grossa para o consumo do fininho no lar, como se o ato fosse inofensivo. Mal comparando, é como aquele que aperta o play para assistir vídeos pornográficos, sem ter consciência de que com o simples gesto, financia a rede mundial da pornografia.
Por falar em apertar, está me dando uma larica e assim, vou finalizar, cantando com o grande Bezerra da Silva.... “vou apertar, mas não vou acender agora...”
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