29/05/2024 às 12h37min - Atualizada em 29/05/2024 às 12h37min
“Ferro velho também tem conserto!”
Por Odair Camillo - Jornalista
Foto meramente ilustrativa - Reprodução Google
Não faço questão de esconder minha idade. Aliás, sinto um certo orgulho em dizer que a minha genética é boa, pelo fato de mamãe Lucinda ter vivido bem até os 102 anos. No entanto, não posso afirmar o mesmo do Pierino, meu pai, que viveu bem menos. Também acho que é um prêmio que a vida nos concede, chegarmos a uma idade avançada, demonstrando versatilidade e bom humor, sem se importar com preconceito, discriminação e até isolamento.
Mas o que se observa, é a evolução da mente humana, que chega principalmente com a idade, e não corresponde ao desempenho físico, embora os avanços tecnológicos proporcionem cada vez mais as melhorias que o corpo humano necessita.
E nessa minha caminhada pelas estreitas e tortuosas ruelas da vida, acabei entrando para as estatísticas e colaborando com a pesquisa da OMS - Organização Mundial da Saúde, que concluiu que, nas próximas décadas a hiperplasia prostática benigna atingirá 80% dos homens com mais de 50 anos.
Completando em julho mais um aniversário, chego à conclusão que nestes quase 86 anos, mais ganhei do que perdi. Mês passado, depois de uma crise noturna do “deita, levanta, faz três gotinhas, deita de novo” acertei com meu amigo Dr. Alcides Mosconi Neto e o Hospital da Unimed, uma cirurgia. Uma curetagem a laser na próstata, sem qualquer perigo e dor. Só que no trajeto do aparelho, uma pedreira foi encontrada na bexiga, tendo que naquele momento, priorizar a retirada do cascalho, deixando a cirurgia principal para outro dia.
Após um mês de espera, voltei para completar o trabalho cirúrgico. Desta vez, deu tudo certo. Já estou em casa, usufruindo da atenção e o carinho de meus filhos, netos e amigos, certificando-me que Poços de Caldas possui excelentes médicos e hospitais. E eu, com toda a minha ferrugem impregnada, acreditando que “ferro velho também tem conserto!”