01/04/2024 às 16h40min - Atualizada em 01/04/2024 às 16h40min
O jornalismo que aprendi
Jornalista, publicitário, escritor e professor universitário
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Figura meramente ilustrativa - Reprodução Google
O jornalismo que aprendi é aquele que tem no respeito o pilar de sustentação das suas ações. O respeito à Constituição, a ética, às opiniões divergentes, ao ser humano.
O que tem na busca pela verdade um compromisso profissional, sabendo não ser tribunal dos comportamentos das pessoas. Por isso não absolve e nem condena, contudo, não abdica da responsabilidade da crítica às políticas públicas, às ações institucionais, embasada sempre pela análise consciente dos fatos, tendo como norte a justiça social e a crença no poder do Criador, acima de todas as coisas.
O jornalismo que aprendi não se encanta com tapinha nas costas, com a ilusão fugaz da audiência e nem com os alucinógenos da fama transitória. Da mesma forma, não recua e nem se amedronta com ataques pessoais, pois não comercializa a honra, nem transige com valores inegociáveis como a honestidade e a credibilidade.
Não apenas busca assegurar os direitos individuais, mas preservar os direitos coletivos, sem olvidar das obrigações de todo cidadão.
O jornalismo que aprendi foi o que busquei compartilhar com meus alunos nos anos de minha docência na universidade.
Pode hoje, até ser prática em extinção em uma sociedade anestesiada pela distração, pelo sensacionalismo, pelas manchetes da violência e dos escândalos particulares.
Mas é ele ainda é a régua a mensurar cada uma das minhas ações, na consciência das minhas limitações e das minhas inúmeras imperfeições e que todos os dias exige reavaliação no aperfeiçoamento contínuo em busca da evolução.
Enfim, o jornalismo que aprendi foi sim o que me fez ser conhecido, me ensinando, em contrapartida, “que, verdadeiramente, não há nada mais importante que o anonimato de um trabalho decente”.
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