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01/04/2024 às 15h52min - Atualizada em 01/04/2024 às 15h52min

À procura de um novo prefeito

Por Odair Camillo - Jornalista
Fotos: Coleção José Ranauro / Reprodução Google
Antigo Mercado da rua Assis Figueiredo

 
 “Todas as pessoas que vivem na cidade são cidadãos? Não, não é bem assim. Na verdade todos têm direito à cidade e têm direito de se assumirem como cidadãos. Mas na prática, da maneira como as cidades crescem e se desenvolvem, o que ocorre é uma urbanização ´desurbanizada´”.
 
Este deveria ser o verdadeiro conceito de cidade: um vilarejo com pretensões de se tornar uma cidade, habitada por não mais de 30 mil pessoas. E foi este o lugar, bonito e prazeroso, que meus pais encontraram aqui quando resolveram mudar-se de Paranapiacaba, nossa cidade natal. E eu tinha apenas 5 anos de idade.  
 
Uma cidade onde os carros-de-boi estacionavam defronte ao Mercado da rua Assis Figueiredo. Onde se amarrava o cavalo nas argolas fincadas no meio-fio das calçadas, hoje substituídas por demarcações alinhadas sobre o asfalto, para a regulamentação 
 
Este exemplo, como tantos outros, foi o preço do progresso, e a fúria comercial inevitável de alguns cidadãos. Poços de Caldas cresceu, tornou-se uma das maiores cidades do sul de Minas e enfrenta o preço de seu desenvolvimento.
 
Sua fama atraiu cidadãos, urbanizados ou não, de todas as partes do país. Os serviços públicos básicos como saúde, educação e segurança tornaram-se mais difíceis de serem realizados. E os administradores, bem intencionados, apesar de seus esforços, travam uma batalha quase que diária para amenizar seus problemas.
 
Há pouco mais de 6 meses das eleições, ainda não vislumbramos uma verdadeira liderança para dirigir nossa cidade. Os que se apresentam no momento, trocam de partido em busca de maior apoio, ou ainda aguardam as convenções.
 
Aqueles que talvez fossem a solução, mais cultas e bem intencionadas, preferem se esconder no anonimato. Tornar-se “político” hoje em dia, é enxovalhar-se no conceito de corrupto e ladrão, embora a grande maioria não o seja. Mas o estigma permanece. E poucos se arriscam a enfrentá-lo.

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