C Michael Porter, a partir de seu modelo das 5 forças, estabeleceu parâmetros para se criar ou potencializar vantagens competitivas organizacionais. O professor e economista norte-americano refletiu que é preciso cuidar da: . Ameaça de novos entrantes; . Poder de negociação dos fornecedores; . Ameaça de produtos substitutos; . Poder de negociação dos compradores; . Rivalidade entre os concorrentes.
Também podemos desbravar outras teorias - como o “modelo estrutura - conduta - desempenho (SCP)”, processos de mercado (escola austríaca), capacidades dinâmicas - ou traçar estratégias mais genéricas como liderança de custo, pela diferenciação ou foco. Podemos também ler obras como “A estratégia do Oceano Azul”, “Imagens da Organização” ou “Empresa Invencível” para buscar mais referências e ferramentas na construção destas vantagens competitivas. Fontes e formatos de inspiração não faltam, assim como visões críticas para cada uma destas teorias.
A provocação é: ao mesmo tempo que precisamos refletir sobre vantagens competitivas (visão mais para o externo), é fundamental refletir sobre vantagens cooperativas (visão mais para o interno).
Vantagens cooperativas irão garantir saúde, sustentabilidade e coerência de vantagens competitivas. Afinal, nenhum planejamento estratégico vai prosperar sem uma equipe equilibrada conduzindo seu desdobramento prático e atuando em um cenário cada vez mais imprevisível.
Vantagens cooperativas emergem a partir da criação de espaços bem intencionados para alimentar o pensar, o sentir e o agir, individuais e coletivos, de forma consciente e assertiva. Ou seja, espaços em que o propósito pessoal possa se integrar com o propósito organizacional a partir de uma energia de respeito mútuo - entre as pessoas físicas e a pessoa jurídica.
Portanto, reflita: como estão sendo criadas/fortalecidas as vantagens cooperativas em sua organização e equipe?
Tais vantagens devem ter como base a tríade (1) “Ritos”, eventos focados em cada indivíduo ou na equipe, definidos com clareza pela liderança, que acontecem dentro de um (2) “Ritmo” ponderado e que faça sentido. Ademais, devem também englobar a mensuração de (3) “Resultados”, qualitativos ou quantitativos, com relação ao impacto de tais iniciativas no contexto geral e cultura organizacional.
Sendo assim, criar espaços de escuta (individual ou coletiva), de evolução dos saberes (fluidez de informações e fomento a formações), de desenvolvimento socioemocional e de co-criação para soluções aos desafios do dia a dia - apenas para citar alguns exemplos - é imprescindível para qualquer organização e liderança que se preocupa com seu próprio destino.
Abra suas anotações, no físico ou digital, e registre: - Como a organização apoia o desenvolvimento de novos conhecimentos? - E novas habilidades? - E novas atitudes?
O pontapé inicial para um olhar mais profundo às vantagens cooperativas está dado.
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