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31/01/2024 às 16h27min - Atualizada em 31/01/2024 às 16h27min

A terra de Fidel: apesar da hospitalidade cubana, uma decepção

Por Odair Camillo - Jornalista
Fotos: Arquivo Brand-News
Lurdinha na Praça da Revolução durante nossa viagem à Cuba em maio de 2008
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Quando fui convidado com outros jornalistas para conhecer Cuba para uma reportagem no Brand-News, ela já padecia das consequências da revolução e do embargo americano. Quase todos eram funcionários públicos e ganhavam uma miséria, chegando a pedir aos turistas nas ruas, coisas básicas como o sabonete e o dentifrício, produtos que eles não tinham acesso há muitos anos.
No entanto, eles não haviam perdido o espírito esportivo, envolvendo também os poucos visitantes que se deliciavam com sua hospitalidade e o ritmo de suas músicas.
 
Havana não mais apresentava a beleza e suntuosidade de seus edifícios de outrora. Um dos poucos preservados era o Capitolio, com seu belo Salon de los Pasos Perdidos, imponente edifício que fora construído para sediar o poder legislativo. O resto da cidade aparentava ter sido destruída por um terremoto.
 
Nosso guia encarregado de nos mostrar os lugares turísticos que ainda funcionavam, levou-nos ao La Floridita, restaurante e bar que se tornou famoso pelo inigualável daiquiri e pela presença diária do escritor Ernest Hemingway.
 
Perto dali estava a famosa Bodeguita del Medioonde saboreamos os mojitos, e na nossa rápida passagem pela cidade, ele também nos levou à Praça da Revolução, onde o destaque é a foto tradicional de Che Guevara e, do outro lado, o monumento a José Martí, apóstolo e mártir da independência de Cuba.
 
Mas o nosso destino era visitar Varadero, matéria para o meu Caderno de Turismo, lugar muito diferente da capital cubana.
 
Voltei mais três vezes à ilha. Entre elas, acabei conhecendo melhor a capital, e outras cidades interessantes conquistadas por Fidel. Mas foi na última viagem, em janeiro de 2014, que voltei revoltado.
 
Sem saber exatamente o porquê do convite, só lá pude descobrir que havia sido convidado para participar da inauguração do Porto de Mariel. A presidente Dilma Roussef havia feito um empréstimo de US$ 641 milhões para a obra, enquanto o povo brasileiro sofria com a falta de atendimento médico, educação, transporte e segurança, entre tantas necessidades básicas. Jurei nunca mais voltar!

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