29/01/2024 às 14h56min - Atualizada em 29/01/2024 às 14h56min
Em manchete: acabar ou não com as charretes?
Jornalista, publicitário, escritor e professor universitário
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Foto: Reprodução do Google - Poços de Prontidão Há algum tempo, uma discussão se tornou manchete em Poços: acabar ou não com as charretes por tração animal?
Há vários lados nessa mesma atração turística.
De minha parte, tenho muito respeito pelos charretistas. Em sua maioria, são pessoas simples, trabalhadoras e que cuidam bem dos cavalos.
Contudo, Poços já não é mais aquela cidade bucólica e artesanal. Hoje, o tráfego de veículos é intenso e colocar o cavalo no ambiente urbano de barulhos, buzinas, sirenes é provocar estresse no animal e imputar a ele, o peso do desenvolvimento. É desumano.
Por isso, sou favorável a extinção das charretes, mas acredito ser necessário também não sermos desumanos com os charretistas que dependem da atividade. É preciso alguma forma de ampara-los e dar um destino adequado aos animais.
Muitos defendem a “tradição”, entretanto, como exemplo, a “Farra do Boi” em Santa Catarina, evento que ocorria desde o século XVIII foi considerada prática criminosa e, portanto, hoje é ilegal.
Outros alegam que, em alguns lugares do mundo, a charrete por tração animal ainda ocorre. É verdade, todavia, existem inúmeras diferenças culturais, de trajeto, circulação e até da raça de cavalos utilizada nesses passeios.
Enfim, meio ambiente em harmonia é cuidar do ecossistema, o que significa proporcionar a todos a melhor qualidade de vida possível, no que se traduz também como desenvolvimento sustentável.
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