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23/01/2024 às 16h31min - Atualizada em 23/01/2024 às 16h31min

A arte e o poder da pergunta

Por Gustavo Bonafé
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Gostaria de convidá-los a refletir: O que é uma boa pergunta? Qual foi a última boa pergunta que você fez para alguém? O que aconteceu?

Em um mundo cada vez mais dinâmico, ansioso pela velocidade das certezas - como se certezas existissem - onde a “perda de tempo” é algo que NÃO PODE acontecer, é comum explorarmos nosso poder de decisão mais com afirmações do que com questões. Logo, as decisões são rápidas, mas não necessariamente assertivas e profundas.

Nesta linha de pensamento, trago alguns insights do livro “O que a internet está fazendo com nossos cérebros - A Geração Superficial”, que oferece uma visão científica interessante da influência tecnológica sobre nosso raciocínio:

“A necessidade de avaliar links e tomar as decisões de navegação relacionadas, enquanto processa uma quantidade impressionante de estímulos sensoriais, exige constante coordenação mental e tomada de decisões, distraindo o cérebro do trabalho de interpretar texto ou outras informações. Quando circuitos particulares do nosso cérebro se fortalecem através da repetição de uma atividade física ou mental, eles começam a transformar essa atividade em um hábito.”

O que acha disso?

Se prestarmos atenção à nossa volta, o verbo Solucionar e Sugerir reinam, têm presença garantida nas nossas conversas, discussões, reuniões, processos de grupo, etc. Não há nada de errado nisso. Afinal, em algum lugar teremos que chegar, certo? Porém, qual a qualidade dessas decisões? Quais as perguntas que norteiam nossas escolhas?

Se prestarmos mais atenção ainda, veremos que muitas de nossas questões estão acompanhadas de “Ou”, “E se...?”, “Você não acha...?”, “Não é?”, “Você tem certeza?” e por aí vai. Perguntas que não só limitam a gama de respostas das pessoas, como muitas vezes “podam” novas ideias e a criatividade presentes naquele momento.

Assim, que tal recuperar o poder da pergunta?

Perguntar de forma aberta é um exercício complicado, nada fácil, mas que pode ser muito valioso para nossas experiências. E se o praticarmos, tornaremos-o um hábito.

Para formular perguntas abertas, seguem algumas dicas:

1. Use mais “Como”
Exemplo: Como você se sente em relação a essa estratégia? (Aberta, com um mar infinito de opções de respostas). Bem diferente de “Você gosta dessa estratégia?” (Fechada, é sim ou não).

2. Use mais “O Que, Qual, Quando, Quem”
Exemplo: Qual sua ideia para essa apresentação? (Aberta - gera emoção de não saber o que vem pela frente). Agora: O que acha de fazer um PowerPoint com os gráficos de nossa pesquisa? (Fechada - impedindo qualquer inovação).

3. Cuidado com o “porquê”! Muitas vezes o “porquê” pode puxar julgamento ou curiosidade
Exemplo: Por que você acha isso? (Talvez soe agressivo). Opção: Fale mais sobre esse ponto. (Aberto)
 
3. Cuidado com o “Por quê?" Muitas vezes o “por quê?” pode puxar julgamento ou curiosidade.
Exemplo: Por que você acha isso? (Talvez soe agressivo). Opção: Fale mais sobre esse ponto. (Aberto)

4. Sempre reflita: Qual o objetivo da minha pergunta? Atende às expectativas desse processo?
Seja ele uma conversa entre amigos, namorados, equipe de trabalho ou uma negociação.
Trabalhar com perguntas abertas pode ajudar a preservar a genuinidade de uma resposta.

Quando não damos limites a quem responde, permitimos que o que realmente importa seja dito. Nada mais justo do que confiar naquele que vive o desafio, o problema, a questão. Não é mesmo? (Essa é uma pergunta fechada). Vou reformular: O que chama mais sua atenção no texto acima?

Desejo a você boas perguntas na sua jornada de transformação!





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